quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Conheça o HTC One, o Android mais empolgante dos últimos meses

HTC One X

É impossível saber quantos novos smartphones com Android estão sendo lançados. E se formos incluir todas as fabricantes chinesas com robozinhos, passamos de 100. A briga para se "diferenciar" é grande: uns colocam mais megapixels na câmera, outros mais polegadas na tela, mais núcleos no processador ou enxertam um projetor. Isso chama a atenção por um tempinho. Mas a HTC, com seu bonito slogan "Quitely brilliant" prefere outro caminho: melhorar a experiência, aparar as arestas do sistema e caprichar nos materiais. O esmero e atenção aos detalhes faz a linha HTC One se destacar no mar de robôs com uma linha de apenas 3 aparelhos (é possível, viu, Samsung?). Veja se algum deles será seu próximo Android.

O HTC One X, One S e One V chegam ao mercado no "segundo trimestre". A ideia é fazer um lançamento global, e na coletiva havia as logos das operadoras brasileiras. Entramos em contato com a assessoria da HTC (que tem "planos grandes" para o Brasil em 2012) e eles disseram "não haver informação" sobre datas e preços. Mas a chance de ao menos uma parte da família vir pra cá é bem grande. Vamos conhecê-los.

HTC One X

O irmão mais velho da família, tem tudo que a HTC julgou como "de ponta". O corpo é de policarbonato emborrachado, parecido com o material do N9/Lumia 800, mas com mais curvas. Mesmo assim ele é bem leve (130 g) e não muito grosso (9,3 mm). A tela de 4,7" é uma Super IPS LCD 2, e não AMOLED, como da concorrente Samsung em uma bem incrível resolução de 1280×720. Mas francamente achei as cores e o brilho igualmente incríveis. Debaixo do capô haverá duas versões: uma com o quad-core Tegra 3 e seus quatro núcleos a 1,5 GHz (mais um "núcleo-fantasma" para controlar a economia de energia) e outra com o Snapdragon S4 nos mercados com LTE. A câmera tem 8 MP, flash de LED com detector de distância e um chip dedicado para processamento de imagens que a HTC promete melhorar bastante a experiência de fotos. São 32 GB de espaço . A preocupação aqui é a bateria: 1800 mAh. Há ainda algumas limitações que antes eram específicas do iPhone, mas começam a virar padrão: não há entrada para microSD, o cartão é microSIM e a bateria não é removível. Além, é claro, do tamanho: ele é grande na mão, mas ele é 3 mm menor que o Galaxy Nexus, por exemplo e parece ser bem menor que o Note.

O som é "reimaginado" depois da compra da Beats, e é possível ligar um "Beats enhancement" na hora de ouvir música ou até assistir a um vídeo no Youtube. O resultado, como você poderia imaginar, é um som mais "quente" e grave. Em fones razoáveis, é muito bem-vinda. No meu fone de referência, achei melhor desligado.

HTC One S

Em termos de performance, não parece haver muita diferença entre o grandalhão X, a não ser nos jogos mais exigentes criados pela própria nVidia. Ele tem um processador dual-core da Qualcomm S4 a 1,5 GHz, 16 GB, uma tela de 4,3"(infelizmente com resolução apenas qHD), a nova versão do Gorilla Glass, câmera de 8 MP. O grande diferencial dele é o design. Finíssimo com 7,9mm e leve, ele tem uma pegada boa. Em resumo: ele é lindo e parece que vai durar muito. Há uma opção também em cinza, que é até mais bonita, mas tem uma explicação menos complexa. E o tamanho? Vejamos o HTC One X e o S junto do meu iPhone 4S:

HTCOnexiPhone

HTC One V

O V é praticamente uma reedição do Legend. Ele tem esse queixo e uma construção em alumínio que o faz parecer caro. Mas na verdade ele é o mais econômico da família. Com uma tela de 3,7" e resolução de 480×800 — exatamente como o Milestone, no longínquo 2009. O processador também não é grande coisa: 1 GHz, que é bastante aparente depois de usar os outros dois. A câmera, apesar de não ser tão poderosa quanto dos outros (tem 5 MP), mantém o processador dedicado e as melhorias de software. Ele será a opção "barata" da família. Se o "barato" for em conta também no Brasil, a junção de um excelente design com Android 4.0 e o Sense 4 de fábrica podem criar um pacote matador.

Sense e Android

Se em termos de hardware há diferenças importantes entre os 3, a usabilidade é bem parecida, graças ao combo Android 4.0 + Sense 4. Como o Ice Cream Sandwich melhorou e unificou a experiência visual do Android, sobra pouco espaço para a skin da HTC, e ela o cobre de uma maneira não intrusiva.

Os destaques:
* O menu de multitarefa é ainda mais bonito (com o gesto "jogue pra cima pra fechar").
* há uma interface específica e com botões grandes para o modo "carro", muito, muito esperta.
* O ícone música virou um hub a là Windows Phone, concentrando arquivos. E ainda é possível fazer a sincronização sem-fio com a sua coleção no computador.
* A câmera tem inicialização de 0,7s (é tão ou mais rápida que o Galaxy Nexus) e autofoco de 0,2 s (definitivamente melhor que qualquer outro que vi). Dentro dela, ícones separados de captura de vídeo e foto, além da possibilidade de fotos contínuas ou fotos dentro do vídeo. Tudo muito, muito rápido.
* O dropbox é integrado em todos os programas principais, e donos de HTC One têm 25 GB por 2 anos de graça.
* As animações e widgets diversos pularam fora dessa versão do Sense e ele parece mais leve e rápido, mas ainda bonitinho.

Acessórios

A HTC disse que investiria mais em acessórios este ano e a expectativa é grande. Em primeiro lugar, é justo crer que os próximos smartphones da empresa virão com fones de ouvido decentes. Os representantes disseram que fones bons "dependerão do pacote contratado pela operadora" e os pacotes seriam diferentes em regiões diferentes, mas não tenham dúvida de que eles irão agarrar essa oportunidade de se diferenciar — basta pegar o que eles têm no armazém e colocar na caixa. Os últimos fones de ouvido acima da média em um telefone que vi foram em algum Sony Ericsson "Walkman" anos atrás.

A segunda é em "docks", e elas virão em dois sabores. Há a para carros, que casa bem com a interface Sense para acompanhar o volante e a comum, com saída para carregador e HDMI, tem um conector externo, não o micro-USB de sempre. Ela estava atrás de um vidro e não pudemos ver direito, mas o conceito de algo mais discreto é uma boa.

E por último mas não menos importante, há o "Wireless Media Link HD", uma evolução do seu link de DLNA anterior. Ela é uma caixinha que você pluga pelo HDMI na TV e, via uma conexão Wi-Fi, pode mandar conteúdos do celular. Nos meus testes aqui, ela pareceu funcionar muito bem. Arraste 3 dedos pra cima e a imagem do celular pode ser jogada para a tela. Ou por um espelhamento perfeito (tudo que você vê no celular aparece na telona) ou uma aplicação específica: você pode deixar um filme rodando enquanto faz outra coisa no aparelho, mais ou menos como o AirPlay com uma Apple TV. A vantagem aqui é que o negócio é ainda mais discreto e custará menos — a caixinha anterior saía por 60 Euros, esta deve ficar na mesma faixa.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário