Com a linha Galaxy, a Samsung redefiniu o mercado de smartphones. Com o Galaxy S e o Galaxy S II, a fabricante coreana criou um concorrente forte e invejável para os donos de iPhones, engoliu o mercado da Nokia e abriu espaço para se diferenciar dos demais concorrentes no Android. O Samsung Galaxy S III não é exceção e consegue manter o histórico de excelência e funcionalidade da família. No mercado brasileiro, a Samsung tem outra vantagem: o único smartphone hoje no mundo capaz de concorrer com o S III em hardware e recursos não será lançado por aqui, o HTC One X, por conta da recente desistência da fabricante taiwanesa de vender por aqui. Design O Galaxy S III é grande. Não grande como seu irmão-foblet Galaxy Note e sua tela de 5,3″, mas grande. A família Galaxy S sempre teve displays grandes – 4″ no S, 4,27″ no S II e agora 4,8″ no S III. Aqui, o aparelho é largo e comprido (71 mm x 137 mm) por conta da tela, mas a Samsung compensou na espessura (8,6 mm) e no peso (133 gramas com bateria). O desenho do S III, à primeira vista, parece estranho e desengonçado. Tive essa sensação ao ver as fotos do aparelho no seu anúncio, que sumiu quando comecei a usar o telefone no dia-a-dia. As curvas nas bordas e a mínina curvatura da borda da tela conseguem cativar o consumidor. A única parte frágil mesmo parece o botão central do aparelho (por conta de desgaste de uso com o tempo) e a cobertura plástica na parte traseira, que pode riscar em bolsos e bolsas cheias de coisas. A tela HD Super Amoled 4,8″ com resolução 1280 x 720 é estonteante (lembre que a outra tela 720p do mercado está com o Sony Xperia S). Textos ficam nítidos e, por conta do tamanho grande, é ótima para assistir vídeos e navegar entre as fotos tiradas com o S III. Pela primeira vez em um aparelho Galaxy não percebo que a tela "carrega" demais os tons laranja/vermelho no modo de tela padrão. E se você achar que as cores puxam demais para o azul frio, basta corrigir o modo de tela nas configurações do aparelho (modos dinâmico, mais forte, e natural/filme, mais suaves, também estão disponíveis). Para ter uma ideia da resolução, veja uma captura em tamanho real. Hardware O Galaxy S III tem o hardware mais poderoso em um smartphone à venda no Brasil hoje. Além da supertela protegida por Gorilla Glass 2, processador quad-core de 1,4 GHz (Exynos 4212 Quad), 16 GB de armazenamento (no modelo testado) com expansão via cartões microSD, câmera de 8 megapixels/1080p (traseira) e 1,9 megapixel/720p (frontal), rádio FM com RDS e vários truques de software (mais sobre isso adiante) que aprimoram o Android 4.0. Na frente do aparelho, vemos a tela gigante. Acima dela, a câmera frontal e dois sensores de luz/movimento, além do alto-falante. Abaixo, o botão central e dois auxiliares (menu/voltar) sensíveis ao toque e retroiluminados. Atrás, a câmera de 8 megapixels com flash LED e um alto-falante. Na lateral direita, o botão de liga-desliga – e note como o acabamento prateado cria a sensação de curvatura do aparelho. Senti falta de um botão disparador para a câmera. No lado esquerdo, o controle de volume e só. Acima, o conector para fones de ouvido padrão 3,5 mm, a pequena ranhura para abrir a bateria e um microfone de redução de ruído nas ligações. Abaixo, o conector microUSB para carregar a bateria e trocar dados com o PC/Mac, e o microfone. Nada de saída de vídeo HDMI, algo comum em outros aparelhos topo de linha (Xperia S, por exemplo), mas não faz falta. Abrindo a tampa traseira, nada além do esperado – ou quase. A bateria de 2.100 mAH padrão, o slot para microSD (abaixo, à esquerda) e a entrada para o microSIM card da operadora. A mesma bateria revela uma pequena surpresa: o módulo NFC (Near Field Communications) está integrado nela. Dentro da caixa do aparelho, além do manual, nada além do esperado: um cabo USB/microUSB com tomada… E um headset com microfone, controle de volume e fones do tipo in-ear (e borrachinhas de tamanhos diferentes para trocar). O tamanho importa A Samsung entendeu, com o Galaxy Note, que telas muito grandes em aparelhos que cabem no bolso interessam ao consumidor. Por isso, o S III tem sua tela de 4,8 polegadas. Para efeito de comparação no mundo Android, veja como um HTC One S (tela de 4,3″) parece pequeno ao lado dele. O modelo da HTC cabe inteiro e com folga em cima do S III – e, digamos, 4,3″ não é uma tela pequena também. Se botar um iPhone 4S, também cabe inteiro em cima da superfície do S III. E chegamos ao ponto que eu queria chegar: o principal trunfo do Samsung Galaxy S III – a tela grande – é também seu maior calcanhar de aquiles. Vai um pouco além do que os manuais de usabilidade e ergonomia podem prever: nem sempre seu dedão vai chegar ao topo esquerdo da tela, pelo simples fato de que a tela é maior que a capacidade de estender seu dedo. E dói, viu? Depois de alguns dias usando o S III (não posso reclamar que tenho uma mão pequena), sinto um incômodo crescente. Para visualização: o S III na minha mão, apoiado no centro da palma. Ao tentar tocar a área de notificações, o dedo não chega. Existe um limite onde as telas de smartphones podem chegar ao usar com uma mão apenas, e esse limite foi ultrapassado nessas 4,8 polegadas de tela (6,1 cm de largura, 10,7 cm de altura, mais 0,4 mm de borda). Para mulheres, então, o problema pode ser maior: E maior: Não desgosto por completo do tamanho do S III, mas é hora de os fabricantes começarem a pensar em novos modos de interação com o dispositivo usando duas mãos ou a fazer aparelhos poderosos um pouquinho menores. Para mim, hoje, 4,3″ de tela é o limite. Aplicativos Por vir direto da Samsung desbloqueado, nossa amostra do S III veio sem nenhum crapware de operadora, e a própria fabricante não incluiu (ainda) nenhum conteúdo de parceiros. A interface TouchWiz é a mesma do Galaxy S II, com pequenas alterações. O S III vem com três aplicativos principais da Samsung instalados: o S Memo, para tomar notas e desenhar (algo herdado do Galaxy Note)… O S Suggest, lojinha de sugestão de aplicativos complementar ao Google Play (requer uma conta Samsung). E o S Planner (não mostrado aqui), uma extensão do calendário do Android com interface modificada. Mas o que interessa é o que não vem no S III brasileiro por não falar português: o S Voice, a "Siri" da Samsung (não vem instalado, mas consegui encontrar no Samsung Apps – mas não aparece mais lá). Funciona? Funciona. Dá para ver a previsão do tempo… E eu consegui, entre um ou outro erro, programar o envio de um SMS usando apenas a voz. Divertido, sim, mas mesmo quando vier em português vai precisar de treinamento do consumidor para se habituar a falar com seu telefone. O S III vem ainda cheio de pequenos detalhes adicionais no software, exclusivos da Samsung. Se está com um SMS aberto, basta aproximar o telefone do ouvido e a ligação é feita sozinha (cool!), o aparelho fica com a tela ligada quando "percebe" que você olha para ela e, da série "para que isso?", dá para ver um vídeo em uma janelinha menor enquanto mexe em outros apps/menus. O que é interessante no software – e na integração com o hardware – é o S-Beam e o Wi-Fi Direct. O primeiro é mais curioso, mas menos prático (testei com o S III que está com o Gizmodo). Você escolhe uma foto, por exemplo, toca a traseira do outro telefone com seu aparelho e envia a imagem. Divertido, mas limitado. A mesma coisa (enviar arquivos) pode ser feita também por Wi-Fi Direct, novo padrão que está presente em outros aparelhos do mercado hoje (como o HTC One S). Os dois dispositivos conversam sem fios e não precisam encostar um no outro. Mais simples e direto. Uma outra boa mudança na interface é a multitarefa em lista com miniaturas, como já ocorria nos tablets com Android 3.0. E da série "pequenas frescuras que podemos inserir no aparelho", as miniaturas de vídeo ficam em movimento, dando uma prévia em tempo real de todos os vídeos. Por sinal, o S III rodou arquivos AVI e MKV quase sem problemas (o MKV ficou sem som). E na música, a opção "Salão de Música" encontra arquivos no aparelho de acordo com seu estado de espírito. Divertido. Câmera Com 8 megapixels de resolução (4:3), vídeos em 1080p (+captura de fotos durante uma filmagem), a câmera do Galaxy S III é a melhor encontrada em um aparelho Android topo de linha hoje. Traz resultados incríveis e muito rápidos. Deixar a câmera no modo automático já cria boas imagens em macro, como meu chá de jasmim: Mas a câmera tem opções de HDR, capturando uma foto sem efeito: E uma com HDR, melhorando demais o contraste mesmo em um local com iluminação fraca. No escuro, os resultados são OK. E de dia, com luz boa, são impressionantes. Essa é a foto do céu reduzida a 640 pixels de largura: E um recorte dela a 100%. Pouco ruído, bons detalhes. Vamos testar nos gatos? Aqui, surge ruído, mas no geral a foto é impressionante nos detalhes. Além disso, a câmera do Galaxy S III é rápida: no modo disparo único, se você ficar pressionando o disparador, consegue tirar cinco ou seis fotos seguidas. Merecem destaque ainda o modo "beleza" (um microPhotoshop em tempo real aplicado à pele de humanos) e o disparo contínuo, que tira várias fotos na sequência para você escolher a melhor. Desempenho Entre os aparelhos com Android avaliados, o Galaxy S III tem os melhores resultados, graças ao processador quad-core de 1,4 GHz e o Android 4.0. Veja a evolução dos modelos em desempenho nos benchmarks padrão que usamos para avaliar smartphones: Sua bateria também é impressionante: após quase 12 horas de uso intenso (3G, GPS, e-mail, ligações, roaming, Twitter, Foursquare, Facebook, Internet, SMS), o Galaxy S III atingiu a marca de 40% por dias seguidos. Para efeito de comparação, na geração anterior esse número chegou a 11% no final de um dia. Na prática, o Galaxy S III é bom em desempenho e em bateria. Conclusões Com hardware excelente e uma ótima integração de software e sistema operacional, o Samsung Galaxy S III é o aparelho que deve servir de exemplo para os concorrentes como "produto ótimo a ser atingido". A Samsung segue forte para liderar de vez o concorrido e lucrativo mercado de smartphones, e o S III é só mais um passo nessa direção. Hardware e software integrados oferecem uma incrível experiência ao usuário. Isso, claro, tem seu preço alto – desbloqueado, o S III tem o valor sugerido de R$ 2.099. É um topo de linha nos Androids, e continuará a ser pelo próximo ano, como já ocorreu com a geração anterior. Eu, particularmente, não gosto muito da tela gigante, mas não é um impecilho decisor de compra (afinal, o S III cabe bem no bolso da calça e nem faz muito volume), e o design nem sempre agrada à primeira vista. De qualquer modo, indicamos sem medo a compra do Samsung Galaxy S III. |
terça-feira, 26 de junho de 2012
Conheça o Samsung Galaxy S III ( Review )
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Eu quero ummmmmmmmm!!!!!!
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