segunda-feira, 30 de abril de 2012

Veja o gameplay multi-player de God of War IV - Ascension


A grande novidade no sexto título da saga de Kratos é um modo de jogo onde até oito utilizadores podem jogar em simultâneo. O jogo é uma prequência de todas as outras aventuras já lançadas.
Os jogadores estarão divididos em duas equipas de quatro elementos no máximo, uma azul e outra vermelha, e o jogo decorrerá no modelo de Domination/Capture The Flag. Os jogadores estarão todos dentro de um mesmo nível onde existe um Megalops gigante para matar, mas para o fazer, será preciso eliminar os jogadores da equipe adversária e assegurar pontos estratégicos dentro do cenário. Quando todos os pontos estiverem controlados por uma equipe, então o primeiro jogador a chegar ao monstro poderá matá-lo ao melhor estilo God of War. Dentro do nível existem ainda outras dificuldades que os jogadores terão que ultrapassar como caminhos cobertos por espetos e zonas cobertas de fogo.
Kratos não será uma personagem seleccionável no modo multiplayer. A escolha foi justificada por Todd Papy, director de GoW Ascension, ao dizer que oito Fantasmas de Esparta a lutarem ao mesmo tempo e uns contra os outros não seria uma escolha acertada. Os jogadores poderão criar os seus próprios personagens e costumiza-las como quiserem, desde as botas, aos capacetes e às tatuagens no corpo. Os utilizadores poderão ainda escolher uma de quatro categorias relacionadas com alguns deuses para atribuir ao seu avatar – uma personagem da categoria Zeus terá poderes de relâmpagos, enquanto um lutador da categoria Ares terá magias relacionadas com o fogo. A violência e a jogabilidade brutal estão assegurados neste novo modelo de jogo e será  possível escolher diferentes armas de luta, como martelos helénicos e espadas tridentes.


“O modo multi-jogador é um desafio”, referiu Todd Papy durante o evento transmitido dos estúdios de Santa Mónica. Quando apareceu a ideia do multiplayer dentro da equipa de produção, muitos tiveram receio do resultado final, pois é uma inovação muito grande. “Mas as reacções foram as melhores depois de todos experimentarem o novo modelo de jogo” confidenciou Papy. O lag que o modo multi-jogador pode criar é uma das principais preocupações da equipa e ainda está a ser melhorado.
Quanto ao resto do jogo, a aventura de Kratos propriamente dita, pouco mais foi revelado. O director de God of War: Ascension confirmou que o história é uma prequela e que os jogadores poderão ver um lado mais humano de Kratos bem como conhecer melhor a história da sua família. O Fantasma de Esparta estará “menos vistoso”, possivelmente mais magro e mais limpo em termos de aspecto. “Toda a personagem foi reconstruída de acordo com a história” referiu Todd Papy. Papy, que trabalhou em todos os outros principais títulos da saga God of War, confirmou ainda que as Blades of Chaos farão parte do novo jogo.


A equipe que trabalhou no sexto capítulo de GoW deixou o modelo de jogo familiar, mas decidiu inovar em alguns conceitos antigos da saga. Os baús vermelhos por exemplo, “são uma dádiva”, e por isso não faz sentido que Kratos se esforce tanto para os abrir. Agora, em vez de usar os dois braços para abrir os chests, os jogadores poderão simplesmente destruir a estrutura e obter os pontos de vida. A trilha sonora continuará dentro do mesmo estilo, mas desta vez tem a assinatura de Tyler Bates, compositor de bandas sonoras de filmes como 300 e Watchmen.
As novidades foram apresentadas durante uma conversa em direto com Todd Papy, diretor de God of War: Ascension. O Live Stream teve início às 16 horas em Portugal Continental e chegou a ter perto de 11 mil utilizadores a acompanhar o evento direto. Mas já durante a manhã de 30 de Abril a principal novidade do modo multi-player foi revelado por alguns sites de imprensa especializada. Quanto à data de lançamento não foram revelados detalhes, mas o jogo estará em destaque durante a E3 2012, a maior feira mundial de Videogames.

Veja o trailer abaixo:


quarta-feira, 25 de abril de 2012

7 dicas para motivar e reter os talentos de TI

Após a contratação dos funcionários, os especialistas afirmam que é importante mantê-los motivados e atualizados. Acompanhe as 7 dicas para motivar e reter seus colaboradores
Encontrar profissionais qualificados para alguns setores em TI não é uma tarefa fácil, dizem recrutadores entrevistados pela INFO. Além disso, após a contratação dos funcionários, os especialistas afirmam que é importante mantê-los motivados e atualizados.
“Atualmente, é muito forte  a busca por profissionais qualificados de TI em quase todos os níveis e funções, de programador a gerente de projetos. Isso também inclui os profissionais que permanecem na empresa somente durante a realização de um projeto”, diz André Assef, sócio-diretor da Desix, empresa especializada no recrutamento e seleção de profissionais de TI.
Na maioria das vezes, o motivo do desligamento de um funcionário não está relacionado ao salário ou falta de habilidade, diz Assef. “Muitos colaboradores saem da empresa por causa do ambiente de trabalho ser ruim ou pela falta de perspectiva de crescimento profissional”, comenta.
“Dinheiro não é tudo que o funcionário precisa. O colaborador precisa ter qualidade de vida”, diz Nancy Bastos, diretora de recursos humanos da Aon, empresa de gerenciamento de riscos, consultoria e corretagem.
Segundo Nancy, uma equipe motivada produz mais e permanece durante um período mais longo na empresa. Já a companhia retém estes profissionais que assimilaram sua cultura e experiência da função, especialmente em uma época de escassez de pessoas bem qualificadas.
Os diretores também indicam os principais fatores para reter um profissional na empresa. Veja abaixo:
1 – Perspectiva de crescimento – “Os funcionários engajados buscam a ascensão profissional e melhores salários. Quando atuam como gestores, eles podem comandar outras pessoas com o objetivo de obter o sucesso profissional de uma equipe inteira”, diz Assef. O diretor afirma que, muitas vezes, a possibilidade de crescimento profissional é o fator decisivo na aceitação de uma proposta de emprego.
2 – Plano de cargos e salários – Usado para padronizar a promoção e a progressão interna dos cargos na empresa. Isso evita a insatisfação dos profissionais, ajuda a eliminar distorções que causam desequilíbrios e atribui valores a cada setor da companhia.
3 – Ambiente de trabalho agradável – Esta é uma das principais reclamações dos funcionários em relação ao emprego anterior durante os processos seletivos. “A falta de entendimento com o gestor, colegas de trabalho e cultura organizacional da companhia refletem diretamente no tempo de permanência de um colaborador na empresa”, diz o diretor.
4 – Regime de home office – “As pessoas estão mais preocupadas com o bem estar. Permitir a flexibilidade no horário e o regime de trabalho remoto ajuda a reduz o estresse gerado no trânsito das grandes cidades, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida ao funcionário”, diz Nancy.
5 – Cursos de atualização profissional – Os treinamentos de reciclagem de conhecimento e eventos de integração são uma ótima maneira de engajar os profissionais. “A empresa também pode motivar o colaborador se ela oferecer um desconto na mensalidade de uma certificação ou faculdade. A pessoa reconhece a preocupação da companhia em relação ao bem estar da equipe”, diz Assef.
6 – Diversidade de benefícios – “Alguns serviços refletem diretamente no aspecto pessoal e proporcionam um ambiente profissional agradável entre os funcionários, como convênio de estacionamento, planos de saúde, serviços de atendimento pessoal (concierge), auxílio creche, entre outros”, diz Assef.
7 – Experiência internacional – Possibilidade de transferir o funcionário para outros países em casos de empresas multinacionais ou durante a aquisição de companhias internacionais.

via: blumenauti.com.br


terça-feira, 24 de abril de 2012

Tablet ou Videogame portátil? Conheça o Android JXD S7100




Tablet Game Console




Especificações:
Brand: JXD
Model: S7100
Color: Black + Silver
Operating System: Android 2.2
Processor: ARM Cortex A9 1GHz
GPU: Mali 400
Memory: 512MB DDR2



quarta-feira, 4 de abril de 2012

10 erros no currículo que podem custar uma vaga de emprego

Veja algumas dicas para otimizar as informações do seu currículo e não prejudicar seu desempenho na hora da entrevista

 

 

Fazer um currículo pode parecer algo simples: você coloca os seus dados escolares e profissionais, cursos, especificações e algumas considerações. Mas saiba que pequenos detalhes, coisas que nem nós mesmos percebemos às vezes, podem fazer toda a diferença na hora de conquistar uma oportunidade no mercado de trabalho.

Pensando nisso, o site New Scientist listou dez itens um tanto corriqueiros que podem influenciar nas decisões dos empregadores em não contratarem você. O curioso é que muitos deles afirmam notar esses tipos de erros o tempo todo. Veja abaixo algumas dicas para otimizar as informações do seu currículo e evitar prejudicar o próprio desempenho na próxima vez em que for se candidatar a uma vaga.

1. Muitos detalhes
Vários dados podem ficar de fora do seu currículo, como telefones demais, por exemplo - o seu celular e o número residencial já são suficientes. Evite nomes de referência, salários por posição e endereço de empresas ou escolas. Isso tudo, se necessário, será solicitado posteriormente.

2. Muito espaço em branco
Não precisa deixar o currículo tão cheio a ponto de parecer um jornal, mas um currículo de meia página pode mostrar que você não tem trabalhos ou experiências suficientes de vida. Mesmo que você nunca tenha tido um emprego, deve ter feito pelo menos um trabalho voluntário, atividades extracurriculares ou tido posições de liderança. Não apresente um currículo mostrando apenas seu objetivo.

3. Segunda página
Não faça um currículo com duas páginas, a menos que simplesmente liste referências na segunda. Se você não conseguir fazer um currículo em até uma página, pode dar a impressão que falta capacidade de se comunicar de forma sucinta - que tem se tornado cada vez mais crucial no nosso mundo de redes sociais.

4. Foto
Muitas pessoas cometem o erro de colocar uma foto de si mesma no currículo, talvez com a ideia de que a boa aparência vai ajudar a conseguir uma entrevista. No entanto, uma companhia não pode considerar, na teoria, uma imagem na hora de determinar se você está ou não qualificado para a vaga. Várias organizações descartam imediatamente currículos com fotos. Por isso, só coloque uma figura caso solicitem.

5. Dados imprecisos
Tome sempre cuidado para colocar títulos, responsabilidades e período em que você trabalhou em uma empresa de maneira consistente e correta. Imprecisões no currículo podem causar grandes problemas em entrevistas.

6. Fatos que distraem
Conheça a linha que separa as boas informações de muita informação. Listar premiações ou vitórias desnecessárias podem causar má impressão. Certos dados causam mais distração do que adição positiva no currículo.

7. Escola primária
Não é recomendado colocar a instituição onde você completou seu ensino fundamental. O importante para o empregador são os graus universitários e formação profissional.

8. Passatempos estranhos
Não coloque hobbies ou interesses estranhos em seu currículo. Há melhores maneiras de mostrar sua individualidade.

9. Fontes e tipologia bobas
Já imaginou um empregador olhar para o seu currículo com fonte em Comic Sans, letras coloridas ou qualquer tipologia gritante? Essa é, sem dúvida, uma péssima forma para se elaborar um bom currículo.

10. E-mails "fofinhos"
Nada de usar contas de e-mails bonitinhos que você tinha na sua adolescência. Se você ainda usa logins como bonequinha2434@email.com, florzinha98@email.com, e tantos outros exemplos, é hora de criar um e-mail mais sério, profissional e com menos brincadeiras.

 

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Motorola Xoom 2

Frente do Xoom 2.

Há quase um ano analisamos o primeiro tablet com Android, o que deveria ser o primeiro grande concorrente do iPad. Com o Android 3.0 "Honeycomb" puro, hardware que em números absolutos superava tudo o que havia na época (leia-se iPad) e a promessa de gerar competição no segmento de tablets, o Xoom original meio que falhou nos seus objetivos. E feio. Agora em versão renovada e com um "2 à frente do nome, será que as mudanças feitas pela Motorola melhoraram tanto o tablet a ponto de torná-lo a referência que seu antecessor não foi?

Hardware

Para evitar dor de cabeça judicial com a Apple e aproveitando o formato bacana do RAZR, temos aqui um form factor que, se não é original, é pelo menos diferente. Os cantos do Xoom 2 são levemente "achatados", detalhe que não interfere no uso mas ajuda a compôr um visual único em meio à uniformidade dos tablets. E já que tocamos no assunto, em relação ao iPad o Xoom 2 é mais leve (599g) e tem a mesma espessura do iPad 2 (8,8mm).

Traseira do Xoom 2.

A borda do tablet é emborrachada e, nas laterais, se estende para a traseira melhorando a pegada do tablet que, a exemplo de todo Android, foi concebido para ser usado primariamente em modo paisagem.

O posicionamento de botões foi levemente modificado para melhor nessa revisão do Xoom — tudo agora parece mais com o Galaxy Tab, da Samsung. A câmera traseira foi centralizada e o botão de travar a tela reposicionado próximo aos de volume. Seriam mudanças perfeitas não fosse a dificuldade de apertar esses três botões — duros, quase indistinguíveis entre si e com baixo relevo, apertar o certo de primeira é um desafio irritante de alguns dias até pegar o jeito e, mesmo depois disso, continua sendo uma operação desagradável.

Botões laterais do Xoom 2.

As portas são três: uma saída de som de 3,5mm no topo e conexões microUSB e mini-HDMI na parte inferior. Ao lado dessas duas, ficam, guardados por uma tampa facilmente removível e segura o bastante (nada do tipo "não olha feio que eu quebro"), slots para cartão microSD e, se for o caso, cartão SIM (3G). Atrás, fica a atualizada câmera de 5 MP com flash de LED e, mais acima, as potentes saídas de som.

Conexões inferiores do Xoom 2.

Uma das coisas mais criticadas no primeiro Xoom, a tela teve uma bela melhora. No review do ano passado, o Leo comentou que "em situações cotidianas, como no browser, a tela não é exatamente empolgante — não espere muito brilho, contraste ou ângulo de visão no nível do principal concorrente ou dos vindouros tablets coreanos." No Xoom 2, a tela está a par com as de outros tablets topo de linha e o novo painel IPS garante ângulos muito bons de visualização (diz a Motorola que chega a 178º e eu não duvido). Infelizmente nota-se, especialmente ao lado de outros gadgets, um leve tom que pende para o amarelado. É tão sutil que só percebi ao colocá-lo lado a lado do iPad, mas é o tipo de coisa que depois de vista, não sai da cabeça…

Comparativo de tela.

Do lado esquerdo, o amarelado Xoom 2; à direita, o iPad 2

No geral os ganhos em termos de hardware são interessantes e fazem diferença no dia a dia, embora não haja nada que se sobressaia em relação a outros equipamentos do tipo.

Câmera

Câmera traseira do Xoom 2.

É sempre estranho falar em câmeras de tablets porque, hey, tirar fotos com tablets é uma coisa estranha. Apesar dessa opinião quase unânime, as fabricantes têm investido em melhorias e com o Xoom 2 não foi diferente.

A traseira tem 5 MP, foco automático e um flash de LED. O app nativo não permite o uso do "tocar para focar", o que é um tremendo desperdício dado o tamanho generoso da tela. Na hora de fazer fotos, os resultados são medianos: bons em ambientes externos com muita luz, terríveis dentro de casa ou à noite. A câmera também filma em 720p a 30 fps com resultados igualmente medianos. Alguns exemplos (clique para vê-los em tamanho natural):

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A câmera frontal tem 1,3 MP e qualidade suficiente para ser bem visto pelo interlocutor — o modelo também ajuda, sabe como é.

Software

Aqui a coisa aperta — pra variar. O Xoom foi o tablet flagship do Honeycomb, o responsável por mostrar a força do Android em tablets e… bem, ficou aquela sensação de coisa inacabada, feita às pressas e cheia de bugs. Agora na versão 3.2 (nada de Ice Cream Sandwich por ora), muitas arestas foram aparadas, mas o sistema ainda está longe da responsividade e fluidez que se espera de uma NUI (natural user interface).

Xoom 2 no escuro.

A Motorola pegou bem leve na personalização. Não há nada muito mirabolante, apenas alguns ícones trocados (e todos de bom gosto, diga-se) e a inclusão de apps pré-instalados, vários com foco corporativo e alguns mais casuais, como Netflix, leitor de ebooks da Saraiva, NOVA 2 HD e uma versão de 60 minutos de Need For Speed Hot Pursuit.

Na hora de embarcar no Google Play, não há muito o que fazer lá. O bom é que agora ele funciona em modo retrato (aleluia!) , mas são poucos os apps adaptados e a seleção do Google não é lá muito criteriosa, então fica difícil encontrar as raras pérolas que salvam a experiência androidiana em tablets de um completo fracasso. E não bastasse isso, há algumas coisas inexplicáveis como a incompatibilidade de alguns jogos parrudos e recentes da Gameloft, como Aphalt 6 Adrenaline e Block Breaker 3. Paguei 18 centavos neles e nem pude brincar :-/

Merecem destaque, dentre os pré-instalados, o Dijit, que permite usar o sensor infravermelho do Xoom 2 para controlar a TV e funciona muito bem, e o Motocast, que faz o tablet "conversar" com o computador (Windows e OS X). Ele exige o Java no PC para funcionar (boo!) e funciona razoavelmente bem, embora coloque fotos, música e vídeos em uma outra interface, longe dos apps nativos para essas funções, o que cria uma espécie de redundância dentro do Android. De qualquer forma, pelo Motocast também dá para baixar esse conteúdo pela rede wireless e, então, aproveitá-lo nos devidos apps.

MotoCast em ação.

A sensação de produto inacabado foi atenuada em mais de um ano de releases até chegarmos à versão 3.2.2 que equipa o Xoom 2, mas ela ainda persiste e continua forte. O Android, por melhor que seja no smartphone (e lá ele está num nível bem legal), em tablets ainda precisa comer muito arroz com feijão — e dividir o rango com os desenvolvedores terceiros, afinal a maior fraqueza da plataforma é a escassez de bons apps para telas grandes.

O que agradou

Há coisas bem legais e únicas neste Xoom 2 e talvez o maior destaque seja o sistema de som. Mesmo com um speaker a menos em relação ao Media Edition, o áudio "3D virtual surround", seja lá o que for na prática, faz a diferença. Fica longe de substituir caixinhas dedicadas de boa qualidade e, se colocado em volume máximo, faz o tablet vibrar em níveis desconfortáveis, mas está bem acima do que se esperaria de um equipamento do tipo nesse ponto.

Outra coisa curiosa e bem bacana é o sensor infravermelho. Para mostrar o potencial desse item, vem pré-instalado o app Dijit que controla televisores, players de DVD e de TV a cabo. A configuração é simples, basta começar a digitar o modelo do seu equipamento e o app vai filtrando. Com tudo configurado, aparece uma espécie de controle remoto gigante na tela que, wow, funciona perfeitamente. Testamos o recurso em duas TVs, uma LED da Samsung e outra de tubo da Phillips, em ambas correu tudo bem. Não é algo revolucionário e o tamanho do tablet joga contra a ideia de usá-lo com controle remoto, mas pode ser um belo complemento à ideia de uso do Xoom 2 como "segunda tela", conceito que vem ganhando força nos últimos meses.

Olha mãe, sem o controle remoto!

O que desagradou (bastante)

Se tem uma coisa que permanece intacta em relação ao primeiro Xoom nessa revisão, é a sensação de que o Android não está pronto para tablets. Comparar este ou qualquer outro com o iPad beira o injusto.

A tela inicial parou de dar aquelas engasgadas constrangedoras, mas ela ainda guarda algumas anomalias bobinhas que, juntas, tornam a experiência um tanto frustrante. Ao voltar de algum aplicativo ou tendo alguns abertos, ícones e widgets precisam ser "redesenhados" na tela; vira e mexe o wallpaper padrão, o mosaico verde, reaparece rapidamente ao entrar e sair de apps mesmo quando outro está sendo usado; a lentidão para rotacionar a tela é irritante… São esses pequenos detalhes que se estendem por todo o sistema que prejudicam a experiência. Ainda tem a impressão de que não importa o quão poderoso seja o hardware, a responsividade dos toques não se iguala à do iPad ou mesmo à do Android em telas menores.

No quesito apps (ah, os apps…), não bastasse a oferta ser baixa, os poucos adaptados são bem ruins, mal feitos. Testei Firefox, WordPress, TweetCaster, Plume e alguns outros e nenhum chegou perto do nível de excelência relativamente comum no iOS. Uns podem dizer que é culpa dos desenvolvedores, eu vejo isso como uma falha da plataforma — se ela é incapaz de estimular os devs, tem algo errado num nível mais profundo, certo? A única coisa que funciona lindamente são alguns apps nativos do Google (Gmail, GTalk) e o navegador, ou seja, pouco para salvar o tablet.

Quando a Apple anunciou o iPad muitos o chamaram de "iPhonão" e, bom, acabou que não era bem assim. No Android a impressão de que estamos brincando com um "Androidão" é muito mais evidente, e nem digo pelos apps populares que esticam e parecem linguições ou versões WAP; todo o sistema passa essa sensação e até áreas que seriam vantagens se bem exploradas, como as telas iniciais e os widgets, são esquisitas para dizer o mínimo.

Conclusão

Droid no Xoom 2.

O Xoom 2 parece mais com o Xoom que deveria ter saído um ano atrás: erros de projeto (ou más escolhas) foram revisitados e corrigidos, as configurações agora estão a par com a do restante da categoria, o software, embora continue ruim, pelo menos não parece mais estar em estágio beta.

Apesar dos avanços, o Xoom 2 evidencia, como fazem outros tablets Android premium, o quanto a plataforma ainda é prematura, carente de atenção de quem importa (desenvolvedores) e fora de órbita no que diz respeito a preço — a Motorola pede absurdos R$ 1.899 no Xoom 2 em configuração única por aqui (3G, 32 GB). Procurando no varejo dá para achá-lo em promoções por até R$ 1.400, mas ainda assim é muito caro. Agora com o iPad 2 barateando em preparação à chegada do novo modelo, o único perfil de usuário que vejo comprando o Xoom 2 conscientemente é o fã incondicional de Android que detesta a Apple na mesma proporção. Para todos os demais o tablet da Apple é uma escolha melhor.

Ao Xoom 2 falta o Android rodar mais liso, falta uma adaptação melhor a telas grandes e, principalmente, faltam apps que explorem todo o potencial de 10,1. Com exceção dos nativos do Google, é dificílimo encontrar algo que preste, mesmo entre os ditos (e poucos) já adaptados. Talvez seja a hora, também, de rever alguns padrões como a proporção 16:10, que é uma droga tanto em modo retrato, quanto em modo paisagem — tudo fica sempre apertado ou esticado, sem meio termo.

Se o primeiro Xoom era um exercício de fé no seu lançamento, o Xoom 2 exige ainda mais dos corajosos fiéis que insistirem nessa sequência, ainda no aguardo de algum acontecimento cataclísmico capaz de reverter o atual cenário do Android em tablets. Ele melhora bastante em pontos onde o modelo anterior era fraco, mas ainda fica muito, mas muito aquém de você-sabe-quem. Não foi dessa vez, Google e Motorola.