quinta-feira, 25 de outubro de 2012

5 formas de procrastinação produtiva

Se você está lendo este texto aqui, é bem provável que tenha deixado de lado alguma coisa que precisava estar fazendo neste momento. Você está familiarizado com a rotina de um procrastinador — aquele sentimento pesado que cresce ao se aproximar do prazo, a culpa da qual você não consegue se livrar e, finalmente, aquele pânico que te domina e te enche de energia para, na última hora, sair resolvendo tudo de uma vez. É desta última que vamos falar hoje. Você pode parar de lutar contra a procrastinação e fazê-la funcionar para você, pegando esse pânico e o canalizando em quantidades imensas de produtividade.

Aviso: estas dicas serão mais úteis para as pessoas que procrastinam mas conseguem cumprir a maioria de seus prazos. Se você é procrastinador ao ponto de perder prazos com frequência, eu não tenho certeza do que pode ser bom para você. Talvez um tratamento com psicoestimulantes.

Defina você mesmo seus prazos

Não estou falando de colocar tudo no calendário do seu computador, eu digo falar para as pessoas — chefes, clientes, pessoas que confiam em você. Às vezes você vai ser chamado para um projeto sem uma data específica, e isso vai ficar pesando na sua cabeça para sempre. Você sabe que precisa ser feito, mas por não ter uma data de entrega você não o prioriza e acaba se sentindo mais e mais culpado. Você pode consertar isso. Quando alguém sugere um projeto ou precisa que algo seja feito, diga a eles que você entregará seu trabalho na data tal. Escolha um dia que seja possível, mas não muito adiante. Coloque esse prazo na agenda, assim você sabe que é um compromisso. Você vai se preocupar com isso pois sabe que possui um prazo, ao invés de ter um item permanente e cheio de culpa na sua lista de afazeres.

Sobrecarregue-se

Sabe aquele ditado que diz que se você quer que algo seja realmente feito, peça à pessoa mais ocupada do escritório? É verdade. Então você precisa se tornar uma pessoa ocupada. Diga sim para mais tarefas do que você gostaria de aceitar. Começou a ficar nervoso ao pensar em como vai terminá-las? Ótimo – é esse sentimento que vai impulsionar sua produtividade. Deixe essa energia que vem do pânico trabalhar. No final, você vai se surpreender com como você conseguiu terminar tudo e vai poder se presentear com uma soneca no meio da tarde.

Deixe tudo para o último minuto

Se você é um procrastinador experiente, pensar nas coisas que deveria estar fazendo está ocupando muito tempo e espaço no seu cérebro. Você pode encarar isso, basta se planejar para fazer o projeto com o mínimo de tempo necessário para terminá-lo. Você sabe que, na última hora, você consegue escrever um relatório em, digamos, quatro horas. Então marque no seu calendário “fazer o relatório” quatro horas antes da entrega. E aí vá fazer outras coisas. Você vai ter esvaziado esse espaço na cabeça para pensar em outras coisas, e vai cumprir o prazo. Às vezes isso tem o benefício extra de te deixar tão nervoso, com medo de não terminar a tempo, que você vai começar a trabalhar antes mesmo do combinado. Missão cumprida!

Faça PRIMEIRO o que precisa ser entregue por último

Digamos que você tem quatro projetos encaminhados, todos com prazos claros de entrega. O que você quer dizer, seus prazos não estão bem definidos? Volta lá pro primeiro item! Um desses projetos será entregue em quatro semanas, um em três, outro em duas e outro semana que vem. Trabalhe ao contrário — comece pelo último projeto e tire ele da cabeça. Aí mande ver o projeto entregue em três semanas. Mantenha o ritmo até chegar no primeiro projeto — o da semana que vem. E então deixe o medo te energizar para conseguir terminá-lo. Agora você terminou quatro semanas de trabalho e cumpriu todos os prazos. Parabéns — você pode tirar três semanas de férias!

Precisa de mais coragem?

Aqui vai um exemplo — este artigo não tem um prazo de entrega. Eu tenho um outro artigo para entregar em três dias. Estou fazendo este primeiro. As consequências de perder o prazo de três dias do outro artigo (uma bronca do meu editor, um possível cancelamento da pauta) são ruins o suficiente para me forçar a terminar tudo em tempo. E eu terei feito os dois artigos no tempo reservado para um. Produtivo, não?

Procrastine de forma útil

Na sua lista de afazeres provavelmente há um ou dois itens que você gosta de fazer mais do que os outros, mas que não são tão urgentes. Talvez sejam coisas como reorganizar sua mesa, pedir suprimentos de escritório, ou tornar sua assinatura de e-mail mais profissional apagando aquele “Carpe Diem” no final. Vá em frente — faça-os! Se você consegue transformar o tempo que gastaria navegando na internet e roendo as unhas sobre a apresentação que precisa entregar na quinta em algo que precisa mesmo ser feito, você acaba de tornar a procrastinação produtiva. Aí, quando a apresentação estiver ainda mais próxima, deixe o medo de não estar preparado te levar até o fim da tarefa.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Conheça o RAZR i, o primeiro Android com Intel

O RAZR i é um aparelho muito interessante, não apenas pelo seu design que traz um display de 4.3 em um aparelho bem pequeno, mas especialmente por ser o primeiro smartphone com processador Intel a ser vendido no Brasil.

Mas será que a arquitetura pouco usual não trouxe problemas? É isso que vamos conferir nesse review.

Design

Se no RAZR XT910 a Motorola fez o máximo para diminuir a espessura do aparelho, aqui eles fizeram o mesmo esforço para diminuir as (enormes) bordas do antigo RAZR.
E o resultado foi bom: O RAZR i é apenas 2mm mais largo que o iPhone 5, a despeito da tela maior. Aliás, mesmo tendo a tela maior, as bordas diminutas fazem com que seja fácil alcançar os cantos, mesmo usando o aparelho com uma mão só.

Além da traseira de Kevlar que já é tradição na linha RAZR, o RAZR i tem o corpo feito de plástico bastante resistente e há uma moldura de alumínio ao redor da tela. O acabamento é bom e os parafusos visíveis ao redor do aparelho ajudam a dar um ar de solidez.

Em uma das laterais do aparelho há a entrada microUSB e uma tampa que dá acesso aos slots para microSD e microSIM. Do outro lado, os botões de liga-desliga, volume e o botão da câmera – que aliás, é bem sensível: Foram várias as vezes em que fui pegar o aparelho do bolso e acionei a câmera sem querer.

Uma curiosidade é que o RAZR i compartilha o design com um gêmeo ARM, o RAZR M. Isso parece um ótimo case para a Intel: Não só mostra que é possível usar o Atom mesmo num form-factor mais compacto, mas que também não faz diferença entre usar ele ou algum processador ARM.

Hardware

Além do processador Atom Z2480 de 1GHz, o RAZR i conta com 1GB de memória RAM, 8GB de armazenamento (5GB disponíveis para o usuário) e câmera de 8MP.

A tela continua sendo a mesma AMOLED PenTile de 4.3 e 960×540 pixels usada no RAZR e RAZR MAXX.
Pra mim, é o maior ponto fraco do aparelho. Graças ao esquema PenTile, dá pra notar alguma distorção em fontes menores e dá pra notar amarelos e roxos em fundos brancos.

Mas muita gente – tanto "leigos" quanto entendidos de tecnologia – falam bem da mesma tela… Talvez eu que esteja sendo "o chato das telas"…
Só acho que a tela seria melhor se ao menos a resolução fosse maior ou deixassem o PenTile de lado. Fica difícil não compará-la com a do Xperia P…

Nos benchmarks, o RAZR i não desaponta. No GeekBench foram 1003 pontos, bastante próximo do RAZR MAXX (que teve 1015 pontos).
Mas curiosamente, no Quadrant Benchmark, a pontuação foi bem acima do MAXX: 4318 pontos conta 2785. Aparentemente, a diferença se explica pelo maior desempenho do RAZR i nos testes de memória.

A bateria tem boa duração… Com meu uso habitual (nada muito pesado, 3G e WiFi ligados, twitter, leituras no Google Reader e Instapaper e algum uso do Google Maps e Foursquare), a bateria dura cerca de 11 horas e meia.
Com um uso mais pesado, incluindo música e jogos (GTA III e Bad Piggies), a bateria não chegou a durar 7 horas em uma mesma carga…

Software

Se o RAZR MAXX já vinha com o Android com relativamente poucas customizações, o RAZR i vem com o Ice Cream Sandwich praticamente limpo.
As mudanças são poucas e bem úteis, como a tela de configurações rápidas que fica à esquerda da home screen ou o widget "Círculos", com relógio, previsão de tempo e nível da bateria.
Praticamente todos os aplicativos do Google já vem pré-instalados, incluindo o Google+ e o Google Drive. A mudança do player da Motorola para o Google Music é boa, mas sinto falta da integração com o TuneWiki para busca de letras e com o last.fm….

Mas acho que a maior dúvida em relação ao RAZR i é sobre a compatibilidade com os aplicativos Android…
Instalei vários dos aplicativos – launchers, teclados alternativos, jogos – em busca de algum que tivesse problemas, mas surpreendentemente não achei nada.
Ironicamente, depois de muito testar aplicativos de terceiros, fui achar problemas no QuickOffice – que vem pré-instalado no aparelho.
A entrada de texto ficava bastante lenta, ao ponto de ficar esperando os caracteres que você digitou aparecerem na tela. Depois de digitar alguns parágrafos, o aplicativo fechou do nada e com ele se foi tudo que havia digitado. Espero que um update saia logo…

Câmera

Pela qualidade das imagens, a câmera de 8MP não impressiona muito, mas as opções de disparo dão alguma ajuda. Ainda que muita gente não seja fã do resultado, o modo HDR melhora bastante as fotos – tanto que acabava o deixando ligado por padrão.

E pra quem quem achava que as luzes roxas são exclusividade do telefone da maçã…

O grande destaque da câmera é o modo "Burst", que tira 10 fotos em um segundo.. Para tirar fotos em movimento (ou de bebês e animais inquietos), é bastante útil.

Vale a pena?

O RAZR i é um bom aparelho… O hardware é bem rápido, a qualidade de construção é boa e só deixam a desejar a qualidade da tela e a câmera. Ainda assim, são detalhes que podem passar desapercebidos pela maioria.
Surpreendentemente para um estreante, mal se nota que há um processador Intel ali dentro. Desempenho e duração da bateria estão de acordo com qualquer equivalente equipado com um processador ARM.
Pelos R$1299 sugeridos (mas dá pra achar por R$1160 ou até menos por aí), o RAZR i tem um ótimo custo/benefício.

 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Cientista quer criar vacina que possa ser enviada por e-mail

           

Craig Venter é um bioquímico que já causou polêmica por seu papel na criação de uma forma de vida artificial, utilizando seu próprio genoma. Agora ele diz que sua próxima empreitada será criar vacinas que possam ser enviadas por e-mail e impressas por meio de uma impressora 3D.

Sua ideia é revolucionar a área da saúde e tentar acabar com a guerra biológica. A novidade foi anunciada por Craig na Wired Health Conference, evento realizado na cidade de Nova York onde ele fez algumas palestras.

Tecnicamente falando, até que isso faz sentido. Hoje já é possível enviar por e-mail as instruções para que soldados realizem a impressão em 3D de alguma peça de reposição para suas armas. No caso das vacinas, se você tiver uma impressora com cartuchos recheados de nucleotídeos, açúcares e aminoácidos, basta receber um e-mail com as macromoléculas que a mistura será feita durante a impressão.

É claro, tudo isso está vinculado a uma excelente higienização e isolamento do local da impressão das tais vacinas, para que não haja contaminação. Também é necessário um estoque bem variado de cartuchos com diferentes substâncias.

Já pensou receber um e-mail desses com um vírus maldoso?

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Incrível captura de movimentos em tempo real com a Unreal Engine


Se o Wii, o Kinect e o PS Move já revolucionaram a maneira como jogamos videogame, espere até conferir o vídeo que mostra um incrível sistema de captura de movimentos feito em tempo real com a poderosa Unreal Engine!
Obra da Yost Engineering Inc., o aparato simplesmente expande a ideia do Kinect: ao invés de apenas um sensor para capturar os movimentos do corpo todo, temos vários sensores que captam os movimentos separadamente, e enviam a informação para o game.
Além disso, o pessoal da Yost Engineering Inc. demonstra também como conseguiu incorporar um visor de realidade virtual ao kit de desenvolvimento da Unreal. Aliado ao sistema de captura de movimentos, o jogador move a cabeça e enxerga diferentes partes do cenário.
O resultado de toda essa mistura de tecnologias é impressionante: vemos um personagem imitando gestos humanos em tempo real, sem nenhum delay, em cenários construídos com a potência da Unreal Engine.
Confira o vídeo abaixo:



terça-feira, 9 de outubro de 2012

Google TV chega ao Brasil pela Sony

A Sony anunciou hoje que vai lançar no mercado brasileiro seu primeiro equipamento movido a Google TV: o primeiro modelo a chegar é o set-top box NSZ-GS7 Internet Player com Google TV.

O produto entra em pré-venda em 15 de outubro e começa a ser vendido em novembro.

O dispositivo não tem muito mistério: basta conectar ao televisor pela porta HDMI e acessar serviços do Google (Chrome, Gmail, YouTube,  entre outros) e aplicativos online (afinal, a lojinha Google Play está lá com itens customizados para a tela grande) e pronto.

Seu controle remoto tem um teclado QWERTY completo na parte traseira para ajudar a navegar pela televisão do Google e ampliar sua experiência de uso.

Vale lembrar que o Google TV nunca foi um grande sucesso no exterior, ficando restrita aos Estados Unidos até meados deste ano. O Google lançou sua plataforma de TV conectada em maio de 2010, mas só abriu o sistema para aplicativos externos na metade do ano passado.

Espero que, com o lançamento deste primeiro aparelho conectado com Android no mercado brasileiro, o Google também traga suas lojas de conteúdo (filmes, música, livros) para o país, a exemplo do que a Apple já fez (e vende sua Apple TV por aqui desde 2011 também). No começo, os parceiros da Sony e do Google em conteúdo incluem emissoras de TV aberta (Record, SBT, Globo, Band), portais de internet (iG, UOL), previsão do tempo (Climatempo) e serviços online (Netflix e Crackle).

O Sony NSG-GST será vendido a partir de 15 de outubro em pré-venda pelo preço sugerido de R$ 899.