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Ao pegar a Ypy para testes, tive a oportunidade de conversar com representantes da Positivo para saber mais sobre a primeira tablet brasileira – Ypy, em tupi-guarani, quer dizer primeiro. Eles me explicaram que todas as decisões tomadas a respeito dela passaram por uma série de pesquisas, e que tudo foi planejado para o brasileiro que não entende muito de tecnologia mas que quer ter uma tablet. Ao longo do texto explico melhor algumas dessas decisões.
Design
O visual da Ypy não é dos mais caprichados. Ela parece um pouco "grosseira", com arestas largas e detalhes bem aparentes. Isso não prejudica de forma alguma seu desempenho, mas ainda assim, ele comparado ao Galaxy Tab 10.1 da Samsung é até estranho. Talvez essa carcaça menos frágil tenha como propósito justamente a resistência, para que o produto dure mais.Na frente temos a tela, a câmera e os botões padrão do sistema, que são de toque. A tela é envolvida por uma grande moldura, maior nas laterais – a Ypy foi projetada para ser utilizada na horizontal – para que o usuário possa segurá-la mais adequadamente. Ela também não é muito levinha: são 420 gramas. As laterais são revestidas de plástico prateado com textura de aço escovado. Nela encontrei o microfone (lado esquerdo); entrada para fones e conexões miniHDMI e miniUSB (lado direito); botões de energia, reset, volume e travamento de tela (acima); e dois alto-falantes e uma tampa que cobre a entrada para o cartão microSD e chip SIM – nesse modelo só há o espaço – (abaixo). A traseira não traz câmera – possivelmente para abaixar o preço com a pouca necessidade desse item –, mas é de plástico preto e traz textura bem semelhante à do eReader Positivo Alfa. Também fica na parte de trás o logotipo da empresa e o nome do modelo. Os botões padrão do Android são diferentes dos que encontramos em tablets e smartphones. Eles são quadrados, e podem ser entendidos de qualquer posição. Assim, é possível segurar a Ypy na vertical ou na horizontal e sempre visualizar corretamente os botões, que são de toque mas não ficam dentro da tela.
Tela
Diferente de muitas outras tablets, a Ypy não possui tela widescreen. Antes de achar que isso é um relaxo, saiba que a Positivo explicou que o brasileiro se sentia mais confortável com o formato de tela 4:3, que ainda domina as TVs de tubo pelo Brasil.Mas, mesmo sendo 4:3, sua definição é muito boa. São 1024 x 768 pixels, iguais aos de um monitor comum ou igual à tela do iPad 2. Nada mau para apenas 7 polegadas. Ela é uma TFT LCD touchscreen capacitiva. A Positivo fornece bem poucas especificações sobre o aparelho, então não é possível dizer o número de cores do display.
Hardware e processamento
Não falamos de um processamento qualquer aqui. Pode até não ser dual core, mas o processador ARM Cortex A8 de 1GHz deixa essa tablet muito veloz, uma vez que ela não é tão grande, não possui câmera traseira e nem sistema Honeycomb. As transições e a resposta ao toque são rápidas.Não fica muito claro qual a RAM dessa tablet, já que não é informada pela Positivo. Em dados obtidos através de aplicativos chegamos ao valor de 339MB disponíveis, o que pode querer dizer – ou não – que o aparelho tenha 512MB de RAM, mas não há como ter certeza. Ela já vem com suporte a flash. Como já dito, não há câmera traseira na Ypy, provavelmente porque a Positivo não achou necessário, uma vez que poucos utilizam uma tablet para fazer fotos e vídeos. Então ficamos somente com a frontal, que possui 2 megapixels e é indicada para chats por vídeo, que funcionam muito bem. Em conexões sem fio, está quase tudo tudo aqui. Temos WiFi b/g/n, Bluetooth 2.1 – que serve tanto para a transmissão de arquivos quanto para a conexão de teclados, fones, etc –, mas não temos GPS. Isso é bem estranho, pois nunca tinha visto um aparelho com Android sem GPS. Provavelmente mais um item retirado para baratear a tablet.
Sistema operacional
Assim como modelos como a Galaxy Tab e a ZTE V9, a Ypy traz a versão 2.3 Gingerbread do Android, e não a 3.0 Honeycomb, ideal para tablets. Há uma atualização para o sistema, mas era tão vagarosa que ficou horas e horas baixando. A Positivo justificou que, para esse tamanho de tela, a própria Google aconselhou o sistema mais antigo, pois se adaptaria melhor ao formato. O modelo a ser lançado agora no final do ano, com 9.7 polegadas, terá o Honeycomb.Por isso, é mais fácil pensar na interface da Ypy como a de um smartphone, pois não há os detalhes pensados para grandes telas da versão 3.0. Isso não incomodou o uso, e não tive problemas para manejar o equipamento, acessar menus e executar tarefas com essa versão. A Honeycomb é mais bonita para telas grandes? É, mas a decisão da Positivo foi tomada junto com a criadora do sistema, e realmente não ficou ruim. E mesmo usando uma versão mais antiga, a Positivo não a colocou de forma pura na Tablet. Muitas modificações foram feitas para que o Android – conhecido como quebra-cabeças para quem nunca mexeu nele – ficasse mais amigável para o público iniciante no mundo das tablets. Uma das novidades é um sistema de gerenciamento de tarefas mais simples e intuitivo, para que o usuário possa desligar aplicativos caso a memória fique saturada.
Usabilidade
O teclado virtual QWERTY é bem confortável e responsivo. Por ser vendido aqui no Brasil, a Positivo inseriu nesse teclado caracteres portugueses como a cedilha e a tecla ".br", útil para navegar na internet. Na hora de configurar o email, encontrei pré-configuradas diversos serviços brasileiros de correio eletrônico, facilitando muito o serviço.Ao ligar a Ypy pela primeira vez, o usuário é levado por uma introdução e configuração muito mais e mais explicativa do que a padrão do sistema. Existem cinco homes pré configuradas com diferentes temas, para que o usuário possa se encontrar com facilidade: Jogos e educação, Comunicação, Principal, Ferramentas e Revistas e Jornais. Todas são personalizáveis como qualquer Android, mas essa facilidade conta. Os botões padrões do Android, como dito no início, são quadrados e podem ser interpretados em qualquer direção. A moldura grande nas laterais pode não ser bonita, mas facilita o manuseio. A tela é de 7 polegadas porque foi encontrada uma necessidade desse tamanho por parte do consumidor. Sendo assim, dá para perceber que a Positivo investiu bastante em pesquisa de usuário, o que é bom. O uso da tablet é tranquilo. Embora mãos grandes possam apertar botões errados às vezes, não há muitos problemas. Por ser menor, o manejo é mais confortável, e como a tela responde bem, logo se está navegando pelas telas.
Aplicativos
Aqui temos uma boa vantagem. Para economizar tempo do usuário e ensiná-lo a interagir com aplicativos, a Ypy já é vendida com mais de 50 aplicativos instalados na memória, a maioria muito interessante. Há diversos jogos populares como 21, Angry Birds, Deixe um só, Campo Minado, Forca, Toupeira, Dominó e muitos outros. Aplicativos educacionais divertidos complementam a área de games.Em matéria de revistas e jornais o acervo é bem completo. Há aplicativos de Veja, Claudia, Caras, Gazeta do Povo, Folha, Estadão, Placar, Época, Zero Hora, Boa forma, Istoé Dinheiro, Diário Catarinense, Crescer, Gloss, Quatro Rodas, Istoé, Superinteressante, Valor Econômico, Viagem e Você S/A. Quase o portfólio todo de revistas e jornais disponíveis para Android. Além do Market, encontramos também a loja de aplicativos e de livros da Positivo, que distribui apenas aplicativos em Português. A Ypy também já vem com apps de redes sociais como orkut, Facebook e Twitter, além do messenger Fring. Os aplicativos tradicionais da Google também estão presentes: Gmail, Gtalk, Maps, Navegador, Agenda, Locais e outros. O app Office Suite também já vem embutida.
Música e mídia
Para o áudio, a Ypy até que surpreendeu. Com os dois falantes inferiores ela garantiu um bom estéreo e um som legal, não fosse o problema de o áudio estourar quando o volume está no máximo. Mas foi muito melhor do que eu esperava. Na reprodução de filmes também deu tudo certo, a tela é de boa qualidade.Só é preciso lembrar que filmes em widescreen deixarão uma parte da tela preta, como acontece nas TVs convencionais. E falando em TV, a Ypy possui uma conexão HDMI que permite ligá-la a um televisor de alta definição para reproduzir filmes, músicas e outros conteúdos em uma tela muito maior. A Ypy já vem com 4 músicas e 2 clipes de artistas brasileiros como Ivete Sangalo, Seu Jorge, Mariana Aydar e outros – tá, isso pode não ser uma vantagem –, para que o usuário já possa sair usando o aparelho como reprodutor de mídia.
Bateria e armazenamento
A bateria tem uma duração de aproximadamente 9 horas, alternando pouco uso com internet, vídeos e etc. É um rendimento médio, mas como esse modelo é apenas Wi-Fi, você nunca irá ficar tão distante de uma tomada.O armazenamento dele é baixo. São apenas 2GB internos, mas a Positivo compensa enviando um cartão microSD de 8Gb junto. Caso queira, é possível colocar um cartão de até 32GB. Mas, ainda assim, é pouco.
O que vem na caixa
Não há fones de ouvido inclusos, mas a Positivo já manda na caixa do Ypy uma boa capinha protetora, preta e em formato de bolso. Além disso, encontramos um cabo miniUSB – porquê alguns insistem em não adotar o microUSB? –, carregador, guia rápido e o cartão microSD de 8GB. Nada de cabo HDMI.
Informações
Tela: 7 polegadasResolução de tela: 1024 x 768 pixels Sistema operacional: Android 2.3 Processador: ARM Cortex A8 de 1GHz Memória RAM: 340MB Armazenamento: 2GB internos e cartão microSD de 8GB Conectividade: Wi-Fi b/g/n, Bluetooth 2.1, USB, HDMI Dimensões: 20 x 14 x 1,2 cm Peso: 447 gramas Autonomia de bateria: 9 horas Itens inclusos: aparelho, carregador, capa protetora, cabo USB, guia rápido e cartão microSD de 8GB |
A linha Milestone faz sucesso no mundo todo. O design quadradão, acompanhado de um teclado QWERTY físico e alto desempenho fazem com que a Motorola sempre renove seu aparelho mais querido, acompanhado de um sistema renovado e muita tradição. DesignNão há como saber como isso é feito, mas a Motorola tem o dom de sempre melhorar o design quadradão e tradicional da linha Milestone. Agora ele está mais moderno, e o tom azulado da segunda versão se transformou em um prateado escuro, muito sóbrio. A tela é mais larga e por isso o Milestone 3 é menos esticado. Os cantos ainda são arredondados, mas está tudo mais sólido, puxando mais para os ângulos do iPhone 4. A traseira é preta e emborrachada, e os logotipos da Motorola e Google ainda estão presentes, assim como a câmera e seu flash. Há também uma saída de som e um microfone exclusivo para gravações. Acima fica apenas o botão de energia e a entrada para fones. Do lado esquerdo ficam a conexão microUSB e microHDMI, enquanto que no direito temos apenas o volume (lá se foi o botão para fotos). Na frente tudo é coberto por vidro, menos o detalhe prateado do falante. Vemos apenas a tela, câmera e os botões padrão do Android. O peso é de 167 gramas. O teclado está maior e mais largo. As teclas agora possuem espaço uma entre a outra, e há uma fileira numérica com botões prateados. A maciez da digitação está melhorada. TelaOutro costume nesses aparelhos é qualidade da tela. Desde a primeira versão, era quase impossível ver os pixels no display, e isso continua sendo verdade. A tela TFT capacitiva multitoque de 4 polegadas pode não ter tecnologias como AMOLED, mas tem ótima definição em seus 540 x 960 pixels e 16 milhões de cores, tornando-a perfeita para vídeos e jogos. Hardware e processamentoEle é definitivamente um smartphone muito veloz. As transições são rápidas, o desempenho surpreende e as respostas do sistema são instantâneas. Isso tudo é graças ao processador Dual Core de 1GHz, a última palavra em processamento mobile. Infelizmente ele só tem 512MB de RAM, sendo esse o item que o deixa abaixo de aparelhos como o Atrix e o RAZR, da própria Motorola. Para provar que ele não é brincadeira, o aparelho já vem com três jogos pesados da Gameloft de demonstração na memória. Todos foram duramente testados e o Milestone não seu sinal de cansaço ou engasgo em nenhum momento. Se ele se saiu bem nesses quesitos, se sai bem em todas as outras tarefas. CâmeraAqui há um esforço da Motorola em perder seu estigma de trazer bons aparelhos com péssimas câmeras. Não dá pra competir com marcas como Sony Ericsson e Nokia, e até LG e Samsung costumam deixá-la para trás. O Milestone vem com um sensor de 8 megapixels, acompanhado de autofoco e flash de LED. Como não há mais botão dedicado às fotos, tudo deve ser feito na tela, permitindo a escolha do foco de maneira pontual. Além disso, a câmera tem geotagueamento e detecção de rostos. Esse esforço todo resultou em uma boa melhora nas fotos. Em interiores a granulação é bem menor, e o flash é bem melhor distribuído, enquanto que para exteriores com boa luz há bom contraste e cores. Mas, ainda assim, há nas fotos falta de definição. O vídeo pode ser gravado em qualidade Full HD, a 30 frames por segundo, com autofoco contínuo, uma ótima função. A qualidade do vídeo, assim como a captura de áudio foram muito boas, perfeitas para bons vídeos do YouTube e até alguns registros de viagens. A câmera frontal é de 1.3 megapixels e faz fotos razoáveis, embora seu principal objetivo sejam as vídeo conferências Sistema operacionalA Motorola finalmente resolveu mexer pesado na cara do Android. Se as outras versões do Milestone, assim como outros aparelhos da marca, possuíam um sistema pouco mexido e mais puro, no Milestone 3 decidiram mostrar que também sabem brincar de interface e modificaram bastante o visual. A versão embarcada do Android é 2.3.4 (Gingerbread), a mais recente no Brasil. Menus, configurações, gerenciador de tarefas, tudo ganhou uma nova cara. A própria home agora tem uma espécie de dock na parte inferior da tela, diferente dos antigos três botões. Ainda há a presença do Blur, sistema que faz alguns ajustes no sistema, como o controle de dados e de bateria, traz o widget de Redes Sociais, pelo que é (mal) conhecido. É um widget da home que pode ser redimensionado e mostra informações do Twitter, Facebook, Last.fm e outras redes. Esse widget é bem pobrinho, e permite poucas funções e interações com os serviços, por isso falam tão mal dele. Mas no geral, as pessoas se esquecem de que o Blur, além dos outros aplicativos citados acima, também serve para tomar certas medidas caso você seja roubado ou perca seu aparelho. Cadastrando seu Atrix no site da Motorola e no Blur você pode localizar seu aparelho à distância (se o GPS estiver ligado) e até apagar seus dados. Nesse aparelho há um emulador para Java, uma boa notícia para os saudosos de jogos e aplicativos nesse formato. Entre as conexões temos Wi-Fi 802.11 b/g/n, DLNA, Wi-Fi hotspot, Bluetooth 2.1 – com conexão a a periféricos, além de transmissão de arquivos – e GPS com suporte A-GPS. Os sensores incluem acelerômetro, proximidade e bússola. UsabilidadeComo já falamos do sistema operacional, que agora melhorado possui navegação mais fácil, podemos falar da junção de todos os fatores. Graças ao forte processamento, sistema pensado e o teclado QWERTY, esse aparelho é bom para quem quer funcionalidade e praticidade. A linha Milestone é querida pela Motorola, e por isso sempre recebe uma boa atenção, já que é a tradição que a levou de volta ao topo. Dessa forma, mesmo não tendo sido projetado para ser o topo de linha da empresa, é completo. Entretanto, o teclado embutido deixa o aparelho maior e mais pesado, valendo o mesmo para o Blur no sistema. Para desempenho máximo em hardware, design e software, talvez ele não seja o mais indicado. AplicativosVem bastante coisa na memória. Temos o Citrix que acessa aplicativos corporativos, comandos de voz, gerenciador de tarefas, informações e notícias, Motoprint para impressão de documentos direto do smartphone, portal do telefone, QuickOffice e três jogos: Spider-Man HD, NFS Shift e The Sims 3, todos demonstração. Isso tudo além dos aplicativos padrões do Android como Maps, Gmail, Gtalk, agenda, Latitude, Locais, Navegador GPS, entre outros. Música e mídiaGraças à conexão microHDMI – com cabo incluso, eba! – ele reproduz vídeos em alta definição, Full HD, com bom estéreo. Ligue o smartphone na sua TVHD e veja qualquer vídeo possível sem engasgos e com boa qualidade. Ele já tem suporte aos formatos MP4, H.263, H.264 e WM. Se quiser mais do que isso, é só baixar um app. Em música o som externo dele é bastante alto, com bons agudos e um certo grave, ainda que fraco. É bem razoável como tocador, e com os fones convencionais inclusos, fica melhor ainda. O player de música, mesmo não sendo a versão mais nova, está melhorado e bem cuidado. São 16GB de armazenamento interno para guardar o que quiser, mais os 32GB máximos que cabem na entrada para cartão microSD – que não vem no conjunto. Sobre a bateria, uma boa notícia: ela dura mais de 12 horas em uso leve, e até 9 horas de uso forte, uma melhora perceptível na família Milestone. O que vem na caixaA linha Milestone sempre traz bastante coisa na caixa. No caso da terceira versão encontramos um par de fones, cabo HDMI, cabo USB, carregador de tomada e carregador veicular, além de alguns papeis e um manual rápido. Ma oe, quem vai querer o Milestone 3?Os fãs da linha Milestone vão querer seu update. O Milestone 3 é mais veloz, possui tela maior, teclado mais espaçoso e um sistema operacional totalmente reformulado pela Google. Pena que o valor médio é um pouco elevado. InformaçõesTela: 4 polegadas Via: http://meiobit.com |