terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Centro da USP promete ser o MIT Media Lab brasileiro.

Um novo centro da USP (Universidade de São Paulo) promete trazer novidades incríveis em tecnologia interativa, e o melhor: todas feitas no Brasil. O Citi, Centro Interdisciplinar em Tecnologias Interativas, quer ser a versão nacional do famoso MIT Media Lab (EUA), que criou a câmera de um trilhão de quadros por segundo e o e-ink.

O MIT Media Lab criou desde produtos hoje disponíveis na sua carteira – o holograma em cartões de crédito – até projetos futuristas, como esta tela bidirecional que permite controlar objetos com sua mão. O criador do Media Lab, Nicholas Negroponte, é o mesmo que capitaneia o projeto One Laptop Per Child, que leva laptops (e em breve tablets) de baixo custo a estudantes nos países em desenvolvimento.

Marcelo Zuffo, coordenador do Citi, quer usar o Media Lab como referência: "no universo das tecnologias interativas, nós chegamos à conclusão de que a USP precisava construir um centro de alta qualidade, aos moldes, por exemplo, do MIT Media Lab", diz ele ao Terra. O novo centro, que deve ser inaugurado em março, terá uma linha de produção de protótipos e mais de 450 computadores com acesso à internet de 1Gbps. Lá, pesquisadores de engenharia, medicina, matemática, música e outros se reunirão para trabalhar em diversos projetos.

Zuffo disse que o Citi vai trabalhar em TVs de definição tão alta quanto a percepção humana. Isto significa imagens de 1 gigapixel, enquanto o Full-HD conta com imagens de apenas 2 megapixels. "Também vamos pesquisar a suprapercepção, imagens com uma resolução maior do que a capacidade de percepção humana", disse Zuffo. Uau.

E tem mais, segundo a Info: eles já trabalham no Wi-Fi Solar, sistema voltado para áreas públicas (como parques) com 150m de alcance e bateria que dura até cinco dias – que deve ser estendida para meses, à medida que a pesquisa avança. E um grupo de pesquisadores do Citi já desenvolve "drones", robôs voadores e dotados de câmeras para fazer o reconhecimento de grandes áreas, ou sobrevoar locais de difícil acesso.

Mas nem tudo é futurista: o Citi conseguiu desenvolver uma cadeira de rodas elétrica – produto que não é fabricado no Brasil – criando uma parte eletrônica por menos de R$300. A cadeira completa, no mercado, passa dos US$10.000. "E toda essa tecnologia é aberta: qualquer um pode usá-la e comercializar o produto", diz Zuffo.

 

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