quinta-feira, 25 de outubro de 2012

5 formas de procrastinação produtiva

Se você está lendo este texto aqui, é bem provável que tenha deixado de lado alguma coisa que precisava estar fazendo neste momento. Você está familiarizado com a rotina de um procrastinador — aquele sentimento pesado que cresce ao se aproximar do prazo, a culpa da qual você não consegue se livrar e, finalmente, aquele pânico que te domina e te enche de energia para, na última hora, sair resolvendo tudo de uma vez. É desta última que vamos falar hoje. Você pode parar de lutar contra a procrastinação e fazê-la funcionar para você, pegando esse pânico e o canalizando em quantidades imensas de produtividade.

Aviso: estas dicas serão mais úteis para as pessoas que procrastinam mas conseguem cumprir a maioria de seus prazos. Se você é procrastinador ao ponto de perder prazos com frequência, eu não tenho certeza do que pode ser bom para você. Talvez um tratamento com psicoestimulantes.

Defina você mesmo seus prazos

Não estou falando de colocar tudo no calendário do seu computador, eu digo falar para as pessoas — chefes, clientes, pessoas que confiam em você. Às vezes você vai ser chamado para um projeto sem uma data específica, e isso vai ficar pesando na sua cabeça para sempre. Você sabe que precisa ser feito, mas por não ter uma data de entrega você não o prioriza e acaba se sentindo mais e mais culpado. Você pode consertar isso. Quando alguém sugere um projeto ou precisa que algo seja feito, diga a eles que você entregará seu trabalho na data tal. Escolha um dia que seja possível, mas não muito adiante. Coloque esse prazo na agenda, assim você sabe que é um compromisso. Você vai se preocupar com isso pois sabe que possui um prazo, ao invés de ter um item permanente e cheio de culpa na sua lista de afazeres.

Sobrecarregue-se

Sabe aquele ditado que diz que se você quer que algo seja realmente feito, peça à pessoa mais ocupada do escritório? É verdade. Então você precisa se tornar uma pessoa ocupada. Diga sim para mais tarefas do que você gostaria de aceitar. Começou a ficar nervoso ao pensar em como vai terminá-las? Ótimo – é esse sentimento que vai impulsionar sua produtividade. Deixe essa energia que vem do pânico trabalhar. No final, você vai se surpreender com como você conseguiu terminar tudo e vai poder se presentear com uma soneca no meio da tarde.

Deixe tudo para o último minuto

Se você é um procrastinador experiente, pensar nas coisas que deveria estar fazendo está ocupando muito tempo e espaço no seu cérebro. Você pode encarar isso, basta se planejar para fazer o projeto com o mínimo de tempo necessário para terminá-lo. Você sabe que, na última hora, você consegue escrever um relatório em, digamos, quatro horas. Então marque no seu calendário “fazer o relatório” quatro horas antes da entrega. E aí vá fazer outras coisas. Você vai ter esvaziado esse espaço na cabeça para pensar em outras coisas, e vai cumprir o prazo. Às vezes isso tem o benefício extra de te deixar tão nervoso, com medo de não terminar a tempo, que você vai começar a trabalhar antes mesmo do combinado. Missão cumprida!

Faça PRIMEIRO o que precisa ser entregue por último

Digamos que você tem quatro projetos encaminhados, todos com prazos claros de entrega. O que você quer dizer, seus prazos não estão bem definidos? Volta lá pro primeiro item! Um desses projetos será entregue em quatro semanas, um em três, outro em duas e outro semana que vem. Trabalhe ao contrário — comece pelo último projeto e tire ele da cabeça. Aí mande ver o projeto entregue em três semanas. Mantenha o ritmo até chegar no primeiro projeto — o da semana que vem. E então deixe o medo te energizar para conseguir terminá-lo. Agora você terminou quatro semanas de trabalho e cumpriu todos os prazos. Parabéns — você pode tirar três semanas de férias!

Precisa de mais coragem?

Aqui vai um exemplo — este artigo não tem um prazo de entrega. Eu tenho um outro artigo para entregar em três dias. Estou fazendo este primeiro. As consequências de perder o prazo de três dias do outro artigo (uma bronca do meu editor, um possível cancelamento da pauta) são ruins o suficiente para me forçar a terminar tudo em tempo. E eu terei feito os dois artigos no tempo reservado para um. Produtivo, não?

Procrastine de forma útil

Na sua lista de afazeres provavelmente há um ou dois itens que você gosta de fazer mais do que os outros, mas que não são tão urgentes. Talvez sejam coisas como reorganizar sua mesa, pedir suprimentos de escritório, ou tornar sua assinatura de e-mail mais profissional apagando aquele “Carpe Diem” no final. Vá em frente — faça-os! Se você consegue transformar o tempo que gastaria navegando na internet e roendo as unhas sobre a apresentação que precisa entregar na quinta em algo que precisa mesmo ser feito, você acaba de tornar a procrastinação produtiva. Aí, quando a apresentação estiver ainda mais próxima, deixe o medo de não estar preparado te levar até o fim da tarefa.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Conheça o RAZR i, o primeiro Android com Intel

O RAZR i é um aparelho muito interessante, não apenas pelo seu design que traz um display de 4.3 em um aparelho bem pequeno, mas especialmente por ser o primeiro smartphone com processador Intel a ser vendido no Brasil.

Mas será que a arquitetura pouco usual não trouxe problemas? É isso que vamos conferir nesse review.

Design

Se no RAZR XT910 a Motorola fez o máximo para diminuir a espessura do aparelho, aqui eles fizeram o mesmo esforço para diminuir as (enormes) bordas do antigo RAZR.
E o resultado foi bom: O RAZR i é apenas 2mm mais largo que o iPhone 5, a despeito da tela maior. Aliás, mesmo tendo a tela maior, as bordas diminutas fazem com que seja fácil alcançar os cantos, mesmo usando o aparelho com uma mão só.

Além da traseira de Kevlar que já é tradição na linha RAZR, o RAZR i tem o corpo feito de plástico bastante resistente e há uma moldura de alumínio ao redor da tela. O acabamento é bom e os parafusos visíveis ao redor do aparelho ajudam a dar um ar de solidez.

Em uma das laterais do aparelho há a entrada microUSB e uma tampa que dá acesso aos slots para microSD e microSIM. Do outro lado, os botões de liga-desliga, volume e o botão da câmera – que aliás, é bem sensível: Foram várias as vezes em que fui pegar o aparelho do bolso e acionei a câmera sem querer.

Uma curiosidade é que o RAZR i compartilha o design com um gêmeo ARM, o RAZR M. Isso parece um ótimo case para a Intel: Não só mostra que é possível usar o Atom mesmo num form-factor mais compacto, mas que também não faz diferença entre usar ele ou algum processador ARM.

Hardware

Além do processador Atom Z2480 de 1GHz, o RAZR i conta com 1GB de memória RAM, 8GB de armazenamento (5GB disponíveis para o usuário) e câmera de 8MP.

A tela continua sendo a mesma AMOLED PenTile de 4.3 e 960×540 pixels usada no RAZR e RAZR MAXX.
Pra mim, é o maior ponto fraco do aparelho. Graças ao esquema PenTile, dá pra notar alguma distorção em fontes menores e dá pra notar amarelos e roxos em fundos brancos.

Mas muita gente – tanto "leigos" quanto entendidos de tecnologia – falam bem da mesma tela… Talvez eu que esteja sendo "o chato das telas"…
Só acho que a tela seria melhor se ao menos a resolução fosse maior ou deixassem o PenTile de lado. Fica difícil não compará-la com a do Xperia P…

Nos benchmarks, o RAZR i não desaponta. No GeekBench foram 1003 pontos, bastante próximo do RAZR MAXX (que teve 1015 pontos).
Mas curiosamente, no Quadrant Benchmark, a pontuação foi bem acima do MAXX: 4318 pontos conta 2785. Aparentemente, a diferença se explica pelo maior desempenho do RAZR i nos testes de memória.

A bateria tem boa duração… Com meu uso habitual (nada muito pesado, 3G e WiFi ligados, twitter, leituras no Google Reader e Instapaper e algum uso do Google Maps e Foursquare), a bateria dura cerca de 11 horas e meia.
Com um uso mais pesado, incluindo música e jogos (GTA III e Bad Piggies), a bateria não chegou a durar 7 horas em uma mesma carga…

Software

Se o RAZR MAXX já vinha com o Android com relativamente poucas customizações, o RAZR i vem com o Ice Cream Sandwich praticamente limpo.
As mudanças são poucas e bem úteis, como a tela de configurações rápidas que fica à esquerda da home screen ou o widget "Círculos", com relógio, previsão de tempo e nível da bateria.
Praticamente todos os aplicativos do Google já vem pré-instalados, incluindo o Google+ e o Google Drive. A mudança do player da Motorola para o Google Music é boa, mas sinto falta da integração com o TuneWiki para busca de letras e com o last.fm….

Mas acho que a maior dúvida em relação ao RAZR i é sobre a compatibilidade com os aplicativos Android…
Instalei vários dos aplicativos – launchers, teclados alternativos, jogos – em busca de algum que tivesse problemas, mas surpreendentemente não achei nada.
Ironicamente, depois de muito testar aplicativos de terceiros, fui achar problemas no QuickOffice – que vem pré-instalado no aparelho.
A entrada de texto ficava bastante lenta, ao ponto de ficar esperando os caracteres que você digitou aparecerem na tela. Depois de digitar alguns parágrafos, o aplicativo fechou do nada e com ele se foi tudo que havia digitado. Espero que um update saia logo…

Câmera

Pela qualidade das imagens, a câmera de 8MP não impressiona muito, mas as opções de disparo dão alguma ajuda. Ainda que muita gente não seja fã do resultado, o modo HDR melhora bastante as fotos – tanto que acabava o deixando ligado por padrão.

E pra quem quem achava que as luzes roxas são exclusividade do telefone da maçã…

O grande destaque da câmera é o modo "Burst", que tira 10 fotos em um segundo.. Para tirar fotos em movimento (ou de bebês e animais inquietos), é bastante útil.

Vale a pena?

O RAZR i é um bom aparelho… O hardware é bem rápido, a qualidade de construção é boa e só deixam a desejar a qualidade da tela e a câmera. Ainda assim, são detalhes que podem passar desapercebidos pela maioria.
Surpreendentemente para um estreante, mal se nota que há um processador Intel ali dentro. Desempenho e duração da bateria estão de acordo com qualquer equivalente equipado com um processador ARM.
Pelos R$1299 sugeridos (mas dá pra achar por R$1160 ou até menos por aí), o RAZR i tem um ótimo custo/benefício.

 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Cientista quer criar vacina que possa ser enviada por e-mail

           

Craig Venter é um bioquímico que já causou polêmica por seu papel na criação de uma forma de vida artificial, utilizando seu próprio genoma. Agora ele diz que sua próxima empreitada será criar vacinas que possam ser enviadas por e-mail e impressas por meio de uma impressora 3D.

Sua ideia é revolucionar a área da saúde e tentar acabar com a guerra biológica. A novidade foi anunciada por Craig na Wired Health Conference, evento realizado na cidade de Nova York onde ele fez algumas palestras.

Tecnicamente falando, até que isso faz sentido. Hoje já é possível enviar por e-mail as instruções para que soldados realizem a impressão em 3D de alguma peça de reposição para suas armas. No caso das vacinas, se você tiver uma impressora com cartuchos recheados de nucleotídeos, açúcares e aminoácidos, basta receber um e-mail com as macromoléculas que a mistura será feita durante a impressão.

É claro, tudo isso está vinculado a uma excelente higienização e isolamento do local da impressão das tais vacinas, para que não haja contaminação. Também é necessário um estoque bem variado de cartuchos com diferentes substâncias.

Já pensou receber um e-mail desses com um vírus maldoso?

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Incrível captura de movimentos em tempo real com a Unreal Engine


Se o Wii, o Kinect e o PS Move já revolucionaram a maneira como jogamos videogame, espere até conferir o vídeo que mostra um incrível sistema de captura de movimentos feito em tempo real com a poderosa Unreal Engine!
Obra da Yost Engineering Inc., o aparato simplesmente expande a ideia do Kinect: ao invés de apenas um sensor para capturar os movimentos do corpo todo, temos vários sensores que captam os movimentos separadamente, e enviam a informação para o game.
Além disso, o pessoal da Yost Engineering Inc. demonstra também como conseguiu incorporar um visor de realidade virtual ao kit de desenvolvimento da Unreal. Aliado ao sistema de captura de movimentos, o jogador move a cabeça e enxerga diferentes partes do cenário.
O resultado de toda essa mistura de tecnologias é impressionante: vemos um personagem imitando gestos humanos em tempo real, sem nenhum delay, em cenários construídos com a potência da Unreal Engine.
Confira o vídeo abaixo:



terça-feira, 9 de outubro de 2012

Google TV chega ao Brasil pela Sony

A Sony anunciou hoje que vai lançar no mercado brasileiro seu primeiro equipamento movido a Google TV: o primeiro modelo a chegar é o set-top box NSZ-GS7 Internet Player com Google TV.

O produto entra em pré-venda em 15 de outubro e começa a ser vendido em novembro.

O dispositivo não tem muito mistério: basta conectar ao televisor pela porta HDMI e acessar serviços do Google (Chrome, Gmail, YouTube,  entre outros) e aplicativos online (afinal, a lojinha Google Play está lá com itens customizados para a tela grande) e pronto.

Seu controle remoto tem um teclado QWERTY completo na parte traseira para ajudar a navegar pela televisão do Google e ampliar sua experiência de uso.

Vale lembrar que o Google TV nunca foi um grande sucesso no exterior, ficando restrita aos Estados Unidos até meados deste ano. O Google lançou sua plataforma de TV conectada em maio de 2010, mas só abriu o sistema para aplicativos externos na metade do ano passado.

Espero que, com o lançamento deste primeiro aparelho conectado com Android no mercado brasileiro, o Google também traga suas lojas de conteúdo (filmes, música, livros) para o país, a exemplo do que a Apple já fez (e vende sua Apple TV por aqui desde 2011 também). No começo, os parceiros da Sony e do Google em conteúdo incluem emissoras de TV aberta (Record, SBT, Globo, Band), portais de internet (iG, UOL), previsão do tempo (Climatempo) e serviços online (Netflix e Crackle).

O Sony NSG-GST será vendido a partir de 15 de outubro em pré-venda pelo preço sugerido de R$ 899.

 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

10 gadgets malucos e maravilhosos que fracassaram

A tecnologia se orgulha em ser um foco de inovação, mais do que outras áreas. É fácil esquecer, no entanto, que inovar é algo complicado: às vezes o resultado é algo tão bizarro que o destino acaba sendo o fracasso. Eis dez gadgets inovadores e decididamente malucos que fracassaram.

Esta era um teclado virtual completo que podia ser projetado e tocado em qualquer superfície, projetado para uso com celulares, PCs, tablets, e até mesmo equipamentos médicos esterilizados. Infelizmente, teclados virtuais de projetor ainda não chegaram lá.

Foto por Martin Meissner / AP

 

Você acha que "phablets" são novidade? Este Frankenstein tecnológico de 2001 combinava as funções de um notebook, um telefone celular com internet WAP, uma câmera, uma tela de toque e um touchpad.

Foto por Michael Sohn / AP

 

Esqueça o Google Glass. O Xybernaut já existe há tempos, desde 2000. Assim como o gadget do Google, ele era ativado por voz – só que ele usava como suporte uma coleira inflável, que o usuário tinha que vestir.

Foto por Fabian Bimmer / AP

 

Este é o Virtual Pinball da Philips, que dava controles reais a um pinball virtual. Paula van Meijl, uma funcionária da Philips, testa o console sensível à vibração. OK.

Foto por Fabian Bimmer / AP

 

Você segura seu telefone na mão como um qualquer? HA! Em 1998, a Swatch demonstrou seu "Swatch Talk", que poderia ser usado como um telefone sem fio. Ele não era um celular. A Swatch acabou desistindo do projeto.

Foto por Fabian Bimmer / AP

 

Alguns anos depois, a Samsung criou uma relógio-celular: este é o SPH-S100, exibido na feira CES de 2001.

Foto por Laura Rauch / AP

 

"A Samsung tem um relógio-celular? HA. Vamos usar a força da engenharia alemã para produzir uma CANETA-CELULAR", disse o chanceler alemão Gerhard Schroeder para a Siemens em 2004, eu acho. Daí veio o Siemens PenPhone.

Foto por Christof Stache / AP

 

A operadora japonesa NTT DoCoMo Inc. assumiu o boom de relógios-celular na virada do século, e os deixou ainda mais cômicos. Você falava com o dedo mindinho, ouvia no seu polegar, desligava estalando os dedos, e com certeza chamava a atenção. Ou não, já que isso era moda em terras nipônicas – tem muita coisa mais estranha por lá.

Foto por Tsugufumi Matsumoto / AP

 

O protótipo Microwave Bank, da NCR Corporation, permitiria a você pagar contas, transferir dinheiro e usar a internet direito deste eletrodoméstico que emite radiação na sua cozinha.

Foto por Fabian Bimmer / AP

 

O MoneyClip, feito pela InteliData a partir de 1997, lembrava muito o Google Wallet – só que era um disquete de 3,5 polegadas. Ele lia smartcards, e foi pensado para consumidores e bancos: a ideia era fornecer segurança e tecnologia bancária de ponta… em um disquete de 3,5.

 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Coisas estúpidas que você faz com o seu smartphone

Seu smartphone pode ser o seu segundo cérebro, mas ele também pode transformar você em uma pessoa sem senso de direção, quase sem nenhuma capacidade de se relacionar com outras pessoas e sem privacidade. Resolver esses problemas é fácil, mas primeiro você precisa aprender quais são eles. Eis aqui as coisas estúpidas que você está fazendo com o seu smartphone.

Coisa Estúpida #1: Você confia demais no seu smartphone, o que faz com que você esqueça números e endereços importantes

Muita gente acha que o seu smartphone está deixando você burro. Isso não é verdade, mas ocasionalmente confiar demais pode gerar problemas – pelo menos no que diz respeito a autossuficiência. Dependa demais de GPS curva-a-curva e você nunca irá aprender como chegar lá por si mesmo. Você provavelmente não consegue lembrar mais do que alguns poucos números de telefones dos seus contatos, o que não é problema até que acabe a bateria do seu celular e aconteça uma emergência. Apesar de você não precisar lembrar cada informação que passar pelo seu caminho, você pode se beneficiar armazenando certas coisas direto na sua massa cinzenta. Se você quer usar seu smartphone de uma maneira mais inteligente, ele precisa ser um suplemento – não um substituto – para as tarefas que você deveria ser capaz de fazer por si mesmo.

Para consertar este problema, pode ser uma boa ideia reprogramar sua memória. Você não está acostumado a reter informações que o seu smartphone fornece, então você precisa começar a levar um tempo para lembrar a informação que você solicitou. Quando você estiver vendo as informações sobre um caminho, olhe as indicações algumas vezes, repita em voz alta e tente lembrar-se delas conforme dirige até o destino. Você sempre pode aproveitar quando parar em um sinal para dar uma olhada caso esqueça uma ou outra curva, mas fazer o esforço para lembrar é o mais importante. Dessa maneira você será capaz de percorrer o mesmo caminho novamente sem a necessidade de olhar para as indicações. Depois de fazer viagens suficientes na mesma cidade, você saberá onde está sem a ajuda do seu celular.

Quando se tratar de lista de tarefas e números de telefone, não guarde simplesmente no seu celular. Escreva em um papel, com um lápis ou uma caneta de verdade. O ato de escrever pode realmente melhorar sua habilidade de aprender, então você irá aproveitar mais do processo. Além disso, olhe para os números de telefone antes de discá-los e fale em voz alta antes de ligar para ajudar a lembra-los. Uma solução fácil é trocar o nome dos seus contatos favoritos pelos seus respectivos números. Veja a sua lista de tarefas no começo do dia para que você saiba o que precisa ser feito, ao invés de ficar consultando a lista sempre que precisar fazer uma nova tarefa. Ter a tarefa na sua mente irá te tornar mais produtivo porque você será capaz de planejar o que e quando você irá fazer cada uma delas. Não há nada errado em guardar essa informação no seu celular, mas uma boa parte deve ser guardada no seu cérebro também.

Coisa estúpida #2: Você não paga US$1 por um ótimo app

Existem milhares de apps gratuitos para smartphones, mas às vezes tem um app melhor por um preço pequeno – um preço que muitos não pagam. Veja o caso do Sparrow, por exemplo. Você tem um cliente de e-mail gratuito que vem com o seu iPhone, e ele não é de todo ruim. O Sparrow, por outro lado, é fantástico – especialmente se você é usuário do Gmail. Ele custa atualmente US$ 2, e isso é um obstáculo para muitas pessoas, apesar dos elogios de amigos e de gente por toda a web. Quando a Apple começou a app store, e o Google fez a dele, nós entramos em um mundo onde o software se tornou muito barato. Não é incomum evitar pagar por algo porque nós sabemos que existem muitas opções disponíveis de graça. Mas algumas vezes, vale a pena.

Tente ver por outro lado: às vezes você paga R$ 15 em uma refeição que você poderia fazer por R$ 5 em casa. Mas você faz isso porque a refeição do restaurante vai ter um gosto melhor e você não vai ter que perder tempo cozinhando. O mesmo vale para apps: algumas vezes você deveria gastar alguns dólares em algo sensacional que irá te poupar tempo e esforço – ou simplesmente porque é muito legal. Se você está preocupado em gastar demais, determine um limite mensal para apps. Não apenas você vai ter um smartphone melhor e mais funcional, mas você estará apoiando desenvolvedores que trabalham duro para fazer coisas legais para você. Todo mundo sai ganhando.

Coisa estúpida #3: Seu aparelho notifica você sobre tudo

Seu sistema de notificação do celular é como um adestrador de cachorro e você, infelizmente, é o cachorro. Quando você é notificado o tempo todo, fica acostumado a constantemente pegar o seu aparelho para ver o que aconteceu. E é tão ruim que algumas pessoas sentem o aparelho vibrando quando não está. Se você já olhou seu celular porque você pensou que ele tinha vibrado, mas não tinha acontecido nada, você provavelmente habilitou notificações demais.

Eu deixo meu aparelho no silencioso a maior parte do tempo e simplesmente verifico periodicamente para saber se tem algo novo que eu preciso ver. Isso funciona bem para mim. Eu ainda não perdi nada urgente. Porém, isso não funciona para qualquer um. Pode ser que você precise de notificações conforme elas aconteçam no trabalho, ou simplesmente prefira ficar sempre atualizado. Neste caso, faça uma limpeza nas suas notificações para receber as coisas que você considera importante e ignore as que pode ver depois. Na maioria dos casos, isso significa editar as configurações de notificação de cada app e mantê-las ligadas, caso sejam importantes; desligar a vibração, se não forem importantes; ou desligar totalmente se for algo inútil. Isso irá minimizar suas distrações diárias e o ajudará a evitar ficar olhando seu celular a cada segundo.

Coisa estúpida #4: Você fica distraído com o seu smartphone enquanto dirige

Mandar mensagens de texto enquanto dirige é mais perigoso do que dirigir bêbado. Você sem dúvidas já ouviu isso antes, e provavelmente ainda está mandando mensagens de texto do seu carro – ou pelo menos dando uma olhadinha naquela última notificação – enquanto ainda está na estrada. Provavelmente você sabe que isso é ruim, mas o desejo de mandar aquela mensagem sobrepõe o bom senso no momento. Apesar de ser bem melhor não usar o seu aparelho enquanto dirige, é possível dirigir com segurança enquanto usa o seu celular – pelo menos de maneiras moderadas. A chave é manter seus olhos – e seu foco – na estrada.

Realisticamente, você sempre terá distrações no carro que irão atrapalhar a sua concentração. Manter essas distrações no mínimo irá ajudar você a dirigir com mais segurança. Isso significa usar controle de voz para mudar uma música ou enviar uma mensagem de texto enquanto está ao volante, e tanto o iOS quanto o Android tem funções de controle de voz. Se você está usando um modelo mais antigo de iPhone que não tem Siri, o Vokul pode quebrar o galho. Se você é um usuário de Android que quer uma assistente pessoal como a Siri, você tem várias opções. Controle de voz é uma maneira muito melhor de controlar seu smartphone sem tirar seus olhos ou o foco da estrada, mas ainda se qualifica como uma distração. A melhor opção, se você tiver que mudar de música, ou mandar uma mensagem de texto, é fazer isso em um semáforo. Como você estará usando o controle por voz, você conseguirá manter os olhos no semáforo para saber quando irá mudar, mas você não precisará prestar total atenção, porque o veículo não estará se movendo. Se você seguir essas regras, terá muito menos com o que se preocupar.

Coisa estúpida #5: Você não monitora suas configurações de privacidade

Seu smartphone guarda uma grande quantidade de dados pessoais e isso nos leva a duas questões relacionadas à privacidade. A primeira é que se o seu aparelho for roubado, o ladrão terá fácil acesso aos seus dados. A segunda, que os apps no seu aparelho podem estar rastreando um tanto a mais de informações do que você gostaria. Ambos os problemas são bem fáceis de resolver.

Para resolver o problema do aparelho roubado, proteja o seu smartphone com senha e habilite a exclusão total (wipe) remota. Assim, ninguém terá acesso fácil aos seus dados pessoais e você poderá destruir os dados remotamente, caso tenha algo particularmente secreto.

Para evitar que o seu smartphone monitore você de maneiras indesejadas, agende uma vistoria de privacidade uma vez por mês. (A propósito, você deveria fazer isso na web e nos seus computadores também). Isso é fácil (embora um pouco limitado) em um iPhone, já que você pode apenas abrir o app Configurações e clicar em Serviços de Localização para habilitar ou desabilitar acesso de apps. (No iOS 6, essas configurações estarão em uma nova aba de privacidade, que permitirá escolher vários tipos de informação que um app pode acessar).

Gerenciar sua privacidade no Android é um pouco mais complicado, porém você tem um controle maior. Primeiro, você vai querer garantir que o seu aparelho não está rodando um Carrier IQ – um programa que é capaz de rastrear e relatar uma quantidade enorme de dados sem o seu conhecimento. Segundo, um app chamado Privacy Blocker pode fazer vistoria para você. Ele irá dar uma olhada nos apps instalados no seu Android e dar uma visão geral dos dados que eles estão coletando. Se um app estiver fuçando onde não deveria, apague-o.

Coisa estúpida #6: Você negligencia outras pessoas para dar atenção ao seu smartphone

A intenção das mídias sociais pode ser nos aproximar, mas ela é igualmente hábil em afastar pessoas. Quando você está passando tempo com outras pessoas, você não pode exatamente interagir com elas quando está usando o seu smartphone – é aquele maldito mito da multitarefa. Seu smartphone é um dispositivo destinado a manter você conectado com as pessoas com as quais você se importa. Quando você está com elas, o melhor é deixar o smartphone de lado. Resolver o problema costuma ser fácil assim.

Entretanto, se você se distrai com facilidade, desligue alertas e notificações. Se as pessoas com quem você está ficam constantemente verificando os aparelhos, gentilmente peça para que elas deixem de lado um pouco. A tecnologia é fantástica, mas muitas vezes vicia. Está sempre com você, diferente das pessoas. Então separe o seu tempo para smartphones e para humanos. É a melhor maneira de ficar conectado.